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NCS - Tutoria - SP 2.2 - 23/10/23

  • Foto do escritor: thikow
    thikow
  • 23 de out. de 2023
  • 7 min de leitura

Termos descohecidos:

1- Pescoço de cisne

2- Botoeira

3- Artrite Reumatoide


Problemas, pontos importântes:

1- Cinco anos de dor nas juntas das mãos (Só piora)

2- Não consegue fazer as atividades

3- Sensação de febre

4- Movimentos repetitivos (crochê)

5- Idosa (68 anos)

6- Artrite Reumatoide


Hipóteses:

1- Movimentos repetitidos são causa da artrite reumatoide.

2- Idade, sexo e profissão aumentam e contribuem para doenças autoimunes


Questões abertas:


1- O que é sistema imune ? E quais são suas estruturas e função ? (Timo, baço, linfonodo)


O sistema imune tem três funções principais:


1. Reconhecer e remover células anormais, mortas ou danificadas.

2. Proteger o corpo de patógenos.

3. Reparar os tecidos danificados.


O sistema linfático é o equivalente morfológico do sistema imune, o qual é constituído pelos:


Órgãos linfoides primários: constituídos pelo timo e a medula óssea. Onde os linfócitos são criados, maturados e equipados com diversos receptores de antígenos para reconhecer e destruir antígenos específicos.


Órgãos linfoides secundários: Após amadurecimento e processo de seleção cuidadoso nos órgãos linfáticos primários, os linfócitos migram para os tecidos e órgãos linfáticos secundários.

Consistem em vários grupos de linfonodos, baço, folículos linfáticos isolados, tonsilas, apêndice, placas de Peyer do íleo e tecido linfoide associado às outras mucosas (malte).

Os tecidos linfáticos secundários armazenam os linfócitos. Onde as células imunes maduras interagem com patógenos e iniciam uma resposta.

Células: Ambas as respostas imunes, inata e adaptativa, dependem de atividades das células sanguíneas brancas, ou leucócitos. Todas essas células são originárias da medula óssea, e muitas delas também se desenvolvem e maturam nesse ambiente.

Durante a hematopoiese se formam duas linhagens, A mieloide e a linfoide.


Células do sistema imune inato:


A linhagem mieloide inclui as células do sistema imune inato.


Monócitos

Neutrófilos:

Eosinófilos:

Basófilos:

Células dendríticas:


Células do sistema imune adaptativo:


Os linfócitos do sistema imune adaptativo e as células natural killer da imunidade inata pertencem à linhagem linfoide.


Linfócitos T:

Linfócitos B:

Células natural killer:

Células dendríticas:



2- Relacione doença autoimune com tolerância imunológica?


A tolerância imunológica é definida como a não responsividade a um antígeno, induzida pela exposição a esse mesmo antígeno. O termo surgiu com base em observações experimentais de que animais que já haviam entrado em contato com um antígeno em condições particulares não responderiam, ou seja, tolerariam o mesmo antígeno em exposições subsequentes.

Quando encontram antígenos, os linfócitos específicos podem ser ativados, induzindo respostas imunes, ou podem ser inativados ou eliminados, levando à tolerância. O mesmo antígeno pode induzir uma resposta imune ou tolerância, dependendo das condições de exposição e da presença ou ausência de outros estímulos concomitantes, como coestimuladores.

Os antígenos que induzem tolerância são chamados tolerógenos, ou antígenos tolerogênicos, para distingui-los dos imunógenos que geram imunidade. A tolerância aos autoantígenos, também chamada autotolerância, é uma propriedade fundamental do sistema imunológico normal, e a falha na autotolerância resulta em reações imunes contra antígenos próprios (autoantígenos ou antígenos autólogos). Essas reações são denominadas autoimunidade, e as doenças que causam são chamadas doenças autoimunes.



3- Diferencie tolerância periférica e tolerância central


A tolerância central é induzida nos órgãos linfoides geradores (timo e medula óssea), quando linfócitos imaturos encontram autoantígenos presentes nesses órgãos. A tolerância periférica ocorre quando linfócitos maduros reconhecem autoantígenos nos tecidos periféricos em condições particulares


Tolerância central garante que o repertório de linfócitos naive maduros se torne incapaz de responder a autoantígenos que são expressos nos órgãos linfoides geradores (o timo para as células T, e a medula óssea para os linfócitos B).

Tolerância central não é perfeita, e muitos linfócitos autorreativos completam sua maturação e estão presentes em indivíduos saudáveis. Portanto, os mecanismos de tolerância periférica são necessários para prevenir a ativação desses linfócitos potencialmente perigosos.

- Tolerância central das células T

Durante sua maturação no timo, muitas células T imaturas que reconhecem antígenos com grande avidez morrem, e algumas das células sobreviventes da linhagem CD4+ se desenvolvem em Tregs.

- Tolerância central das células B

Durante sua maturação na medula óssea, os linfócitos B expressam, primeiro, IgM como seu receptor antigênico e são funcionalmente imaturos nesse estágio. Se esses linfócitos B reconhecerem autoantígenos na medula óssea com alta afinidade, eles mudam sua especificidade ou são deletados.


Tolerancia periférica, mecanismos de tolerância periférica são necessários para prevenir a ativação desses linfócitos potencialmente perigosos.

- Tolerância periférica das células T

Os mecanismos de tolerância periférica são anergia (não responsividade funcional), supressão pelas Tregs e deleção (morte celular).

- Tolerância periférica das células B

Linfócitos B maduros que reconhecem autoantígenos em tecidos periféricos na ausência de células T auxiliares específicas podem ser considerados funcionalmente não responsivos ou morrer por apoptose.


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4- Quais fatores desencadeiam uma doença autoimune? (Genética, fatores externos, idade, sexo..)


Diversas aberrações imunológicas têm sido associadas ao desenvolvimento de autoimunidade em seres humanos e modelos experimentais, entre elas estão:

Autotolerância defeituosa: A eliminação ou regulação inadequadas das células T ou B, levando ao desequilíbrio entre ativação e controle de linfócitos, é a causa subjacente a todas as doenças autoimunes.

Os seguintes mecanismos a seguir pode contribuir para a falha da autotolerância:

• Defeitos na deleção (seleção negativa) de células T ou B ou na edição de receptor em células B durante a maturação dessas células nos órgãos linfoides geradores.

• Defeitos nos números ou funções de linfócitos T reguladores.

• Apoptose defeituosa de linfócitos autorreativos maduros.

• Função inadequada de receptores de inibição.


Exibição anormal de autoantígenos: Anormalidades podem incluir alterações estruturais em autoantígenos resultantes de modificações enzimáticas, de estresse ou lesão celular.

Ou seja, as reações autoimunes podem ser desencadeadas de várias formas:

Uma substância normal do organismo pode sofrer uma alteração provocada por um vírus, um fármaco, a luz solar ou a radiação, por exemplo. A substância alterada pode então parecer estranha ao sistema imunológico. Por exemplo, um vírus pode infetar células do organismo e, consequentemente, alterá-las. As células infectadas pelo vírus estimulam o sistema imunológico a atacar.

Uma substância estranha semelhante a uma substância natural do organismo pode penetrar no corpo. O sistema imunológico pode atacar acidentalmente a substância semelhante do organismo ao mesmo tempo que persegue a substância estranha. Por exemplo, as bactérias que causam infecções na garganta têm um antígeno semelhante a um antígeno encontrado em células cardíacas humanas. O sistema imunológico raramente ataca o coração da pessoa após uma infecção estreptocócica da garganta (esta reação é parte da febre reumática).

As células que controlam a produção de anticorpos, por exemplo, células B (um tipo de glóbulo branco), podem apresentar mau funcionamento e produzir anticorpos anormais que atacam algumas das células do corpo.

As células T, outro tipo de glóbulo branco envolvido na resposta imunológica, também podem funcionar mal e danificar as células do corpo.

Uma substância do organismo que normalmente se encontra limitada a uma área específica (estando, por conseguinte, oculta do sistema imunológico) é liberada na corrente sanguínea. Por exemplo, um soco no olho pode levar o líquido do globo ocular a passar para o fluxo sanguíneo. Esse líquido estimula o sistema imunológico a identificar o olho como estranho e a atacá-lo.

A relação entre a testosterona e a produção de linfócitos B estava numa proteína conhecida como BAFF que torna as células B mais viáveis. A testosterona suprime a proteína BAFF; se se eliminar a testosterona, existirá maior quantidade de BAFF e consequentemente mais linfócitos B no baço.

Não se sabe por que algo desencadeia uma reação ou doença autoimune em uma pessoa e não em outra. Entretanto, às vezes há causas hereditárias. Algumas pessoas têm genes que as tornam um pouco mais suscetíveis a desenvolver uma doença autoimune. Esta suscetibilidade ligeiramente aumentada para desenvolver uma doença autoimune é herdada. Nas pessoas propensas a apresentar uma doença autoimune, um fator desencadeante, como uma infecção viral ou uma lesão tecidual, pode ser um gatilho para dar origem a doenças autoimunes.



5- Caracterize os tipos de hipersensibilidade? Cite exemplos

Há quatro principais tipos de hipersensibilidade que são classificados com base nas respostas imunes que desencadeiam.


Hipersensibilidade do tipo 1: tipo de reação imunopatológica causada pela liberação de mediadores de mastócitos

  • Muitas vezes é desencadeada pelos IgE contra antígenos ambientais que vão ativar os mastócitos

  • Pode ser chamada de alergia ou de hipersensibilidade imediata.


Imediata: É uma resposta imediata do sistema imunológico, envolvendo a liberação de histamina e outros mediadores.

è Exemplo: Alergias, como rinite alérgica, asma e urticária, desencadeadas por substâncias alergênicas, como pólen ou proteínas alimentares.

  • Hipersensibilidade do tipo 2: mediada por anticorpos (IgM ou IgG) que são direcionados contra antígenos celulares ou teciduais que levam a danos na função desses tecidos ou células.


Citotóxica: Envolve a destruição de células próprias pelo sistema imunológico.

è Exemplo: Anemia hemolítica autoimune, em que os anticorpos atacam e destroem os glóbulos vermelhos do próprio organismo.

  • Hipersensibilidade do tipo 3: anticorpos (IgM ou IgG) contra antígenos solúveis (ex: do nosso plasma sanguíneo) que formam imunocomplexos que podem se depositar em vasos sanguíneos e tecidos, causando inflamação e lesão tecidual.


Imunocomplexos: é causada pela formação de complexos imunes (antígeno-anticorpo) que se depositam nos tecidos, causando inflamação.

è Exemplo: Vasculite por imunocomplexos, na qual os complexos imunes se depositam nas paredes dos vasos sanguíneos, levando à inflamação e danos.

  • Hipersensibilidade do tipo 4: são reações dos linfócitos T geralmente contra antígenos próprios nos tecidos.


Celular: É mediada por células T e envolve uma resposta imune tardia, ocorrendo horas a dias após a exposição ao antígeno.

è Exemplo: Dermatite de contato, uma reação alérgica da pele a substâncias como níquel ou urushiol (encontrado na hera venenosa).



6- Relacione a especialidade médica com as doenças autoimunes


- Reumatologistas, nos casos de artrite ou de síndrome de Sjögren;

- Endocrinologistas para tratar doenças autoimunes da tireoide como as doenças de Graves ou de Addison;

- Dermatologistas, em casos de psoríase;

- Gastroenterologistas, quando o alvo do sistema imune é o trato gastrointestinal como na doença celíaca e na doença de Crohn.

- Neurologista, em casos de Esclerose Multipla.



7- O que é artrite reumatoide? E quais exames são complementares ao seu diagnóstico?


A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, crônica e progressiva, caracterizada primariamente pelo comprometimento da membrana sinovial (preferencialmente das articulações periféricas), podendo levar à destruição óssea e cartilaginosa.

A inflamação da membrana sinovial é caracterizada pela infiltração de células que compõem a resposta imune inata (monócitos, células dendríticas, mastócitos, neutrófilos e células linfoides inatas) e células da resposta imune adaptativa (células T helper 1, T helper 17, células B e plasmócitos).

Exames de diagnostico

Os exames de imagem permitem avaliação do dano articular. Os métodos de imagem incluem radiografia convencional, ultrassonografia e ressonância magnética.

Os exames laboratoriais na artrite reumatoide são úteis para a elaboração diagnóstica e para monitoramento da atividade de doença.

Nos teste laboratorial é analisado a presença de marcadores inflamatórios (VHS e/ou PCR) e marcadores imunológicos (fator reumatoide e Anticorpos antiproteínas citrulinadas), que quando alterados reforça o diagnóstico de AR.


Quais são os sintomas?

Os sintomas mais comuns são os da artrite (dor, edema, calor e vermelhidão) em qualquer articulação do corpo sobretudo mãos e punhos. O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro mas a coluna cervical é frequentemente envolvida. As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e com a progressão da doença, há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional. As deformidades mais comuns ocorrem em articulações periféricas como os dedos em pescoço de cisne, dedos em botoeira, desvio ulnar e hálux valgo (joanete).



Bibliografia:


§ - ABBAS, Abul K.; PILLAI, Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia celular e molecular. 9 Rio de Janeiro: Guanabara

§ - MURPHY,K.. Imunobiologia de Janeway. 8ª Edição. Editora ARTMED, 2014.

§ - TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R; CASE, Christiane L. Microbiologia. 10 Porto Alegre: ArtMed, 2012.



Reflexão: Hoje senti que a tutoria foi especial e funcionou muito bem. Apesar do conteúdo denso da matéria e de estarmos saindo muito fadigados do TBL acredito que hoje conseguimos dar conta tranquilamente.


Autoavaliação: Acredito que hoje participei bastante por se tratar de uma matéria que se relaciona com minha profissão.


Pontos de melhoria: Creio que posso organizar melhor meus pensamentos em algumas horas




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