PMSUS - REFLEXÃO - 23/05/23 - AULA 13
- thikow
- 23 de mai. de 2023
- 15 min de leitura
Atualizado: 16 de set. de 2023
OFICINA 4
Questões de aprendizado
1) Quais as redes de atenção de saúde?
2) Identificar as funções da AB e importância da linha de cuidado dentro da saúde?
3) Qual o papel da AB na RAS?
4) Quais os serviços que compõem a AB?
5) Quais os elementos que compõem a RAS?
Oficina III – Rede de atenção a Saúde (RAS)
São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas e de complexidade de cuidado, que integradas por meio de um sistema de apoio técnicos, logísticos e de gestão, que buscam garantir a integralidade do cuidado. Ministério da Saúde, 2010.
Elementos da Rede:
Þ População
Þ Modelo de atenção
Þ Estrutura operacional
Classificação de tecnologia
Níveis classificados de mole para duro:
Primário/Secundário/Terciário
Leve --------------------------------------------> Dura
Leve/Dura
Leve – Acolhimento
Leve/Dura – Quando o médico está explicando o uso de medicamentos e tratamento ao paciente
Dura – Quando precisa utilizar equipamentos como estetoscópio, oxímetros e outros materiais tecnológicos.
São Redes Temáticas de Atenção à Saúde:
► Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil (Rede Cegonha): Rede Materno-Infantil Visa garantir o fluxo adequado para o atendimento ao planejamento sexual e reprodutivo, pré-natal, parto e nascimento, puerpério e primeira infância com o objetivo de qualificar a assistência e enfrentar a mortalidade materna, infantil e fetal. Está vinculada ao pograma federal denominado Rede Cegonha, ao programa estadual Primeira Infância Melhor (PIM) e a outros financiamentos estaduais como: Ambulatório de Gestante de Alto Risco (AGAR), Ambulatório de Egressos de UTI neonatal, incentivo estadual para atendimento de alto risco e casa da gestante, entre outros.
► Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE): Tem a finalidade de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência de forma ágil e oportuna. A Rede está organizada em dois componentes: o préhospitalar (móvel e fixo) e o hospitalar. As diretrizes da RUE estão definidas na Portaria GM/MS no 1.600/2011.
► Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: Rede de Atenção às Pessoas com Condições Crônicas vem sendo pensada a partir de diferentes tecnologias, estruturadas em serviços territorializados, construídos da seguinte forma: Serviços Assistenciais em Oncologia, Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade.
► Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência: A Saúde da Pessoa com Deficiência (SPD) no SUS busca proporcionar atenção integral à saúde dessa população, desde a APS até a reabilitação, incluindo o fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, quando necessário. O objetivo é proteger a saúde e reabilitar as pessoas com deficiência em relação a suas capacidades funcionais (física, auditiva, intelectual e visual). A criação da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência (Portaria MS/SAS no 1.060/2002) oportunizou a implantação das Redes Estaduais de Assistência à Pessoa com Deficiência, em especial às ações de reabilitação, através de legislações específicas para habilitação de Serviços de Modalidade Única, ou seja, habilitados para atender apenas uma área de deficiência: auditiva, física, intelectual ou visual.
► Rede de Atenção Psicossocial: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), criada pela Portaria GM/MS no 3.088/2011, tem o objetivo de acolher e acompanhar as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas no âmbito do SUS.
Respostas questões de aprendizagem
R1 – As redes de atenção de saúde (RAS) são:
► Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil (Rede Cegonha): Rede Materno-Infantil Visa garantir o fluxo adequado para o atendimento ao planejamento sexual e reprodutivo, pré-natal, parto e nascimento, puerpério e primeira infância com o objetivo de qualificar a assistência e enfrentar a mortalidade materna, infantil e fetal. Está vinculada ao programa federal denominado Rede Cegonha, ao programa estadual Primeira Infância Melhor (PIM) e a outros financiamentos estaduais como: Ambulatório de Gestante de Alto Risco (AGAR), Ambulatório de Egressos de UTI neonatal, incentivo estadual para atendimento de alto risco e casa da gestante, entre outros.
► Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE): Tem a finalidade de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência de forma ágil e oportuna. A Rede está organizada em dois componentes: o préhospitalar (móvel e fixo) e o hospitalar. As diretrizes da RUE estão definidas na Portaria GM/MS no 1.600/2011.
► Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: Rede de Atenção às Pessoas com Condições Crônicas vem sendo pensada a partir de diferentes tecnologias, estruturadas em serviços territorializados, construídos da seguinte forma: Serviços Assistenciais em Oncologia, Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade.
► Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência: A Saúde da Pessoa com Deficiência (SPD) no SUS busca proporcionar atenção integral à saúde dessa população, desde a APS até a reabilitação, incluindo o fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, quando necessário. O objetivo é proteger a saúde e reabilitar as pessoas com deficiência em relação a suas capacidades funcionais (física, auditiva, intelectual e visual). A criação da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência (Portaria MS/SAS no 1.060/2002) oportunizou a implantação das Redes Estaduais de Assistência à Pessoa com Deficiência, em especial às ações de reabilitação, através de legislações específicas para habilitação de Serviços de Modalidade Única, ou seja, habilitados para atender apenas uma área de deficiência: auditiva, física, intelectual ou visual.
► Rede de Atenção Psicossocial: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), criada pela Portaria GM/MS no 3.088/2011, tem o objetivo de acolher e acompanhar as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas no âmbito do SUS.



R2- As funções da atenção básica se determinam por:
Um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2011n).
Política Nacional de Atenção Básica Portaria no 2.488, de 21 de outubro de 2011
Outra fonte:
1 – Atenção Básica e a Rede de Atenção Psicossocial
A Política Nacional de Atenção Básica dialoga amplamente com o conjunto de políticas instituídas para as Redes de Atenção à Saúde, compreendendo a centralidade de seu papel para a gestão do cuidado integral à saúde do usuário.
em 2011, são incorporados dados sobre saúde mental no sistema de informação da atenção Básica (siab). Aspectos determinantes sobre a Rede de Atenção Psicossocial também foram significativamente abordados durante desenvolvimento do Pmaq, conforme se vê, a seguir, em alguns itens selecionados para exemplificação:
Indicadores
• Proporção de atendimentos em saúde mental, exceto de usuários de álcool e drogas. • Proporção de atendimentos de usuário de álcool.• Proporção de atendimentos de usuário de drogas.• Taxa de prevalência de alcoolismo.
A. Consultórios na rua
No âmbito da Atenção Psicossocial, a integração tem sido de especial relevância para disseminação de conceitos e práticas da Atenção Psicossocial na Atenção Básica. A nova Pnab cria três modalidades de equipes dos Consultórios na Rua, com financiamento regular e mensal.
Como exemplo do trabalho conjunto realizado no ano de 2012, é relevante citar a construção compartilhada do Caderno de Atenção Básica de Saúde Mental finalizado, além do texto orientador para oficinas de alinhamento conceitual – Plano Crack, é possível vencer, tarefa na qual também se envolveram os ministérios do Desenvolvimento Social e da Justiça.
Em relação à atenção à saúde da população em situação de rua, a implantação dos consultórios na rua traz impactante e positiva perspectiva colaborativa entre as áreas de Atenção Básica e Saúde Mental, com vistas a uma cogestão e acompanhamento da transição de modelos, ou seja, adequação dos consultórios de rua para consultórios na rua e os complexos desdobramentos desse processo.
As singularidades que permeiam esse grupo populacional levaram ao reconhecimento, por parte do Ministério da Saúde, da necessidade de manutenção de um grupo de trabalho ampliado, que hoje conta com a participação da Coordenação Geral de Gestão da Atenção Básica (DAB/SAS), Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), as áreas de DST/aids e Hepatites Virais, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP/DAGEP), Coordenação Nacional de Imunização e Área Técnica de Saúde Mental (DAPES).
B. Programa saúde na escola (PSE)
O Programa Saúde na Escola é uma ação intersetorial entre as equipes de Atenção Básica e as escolas que pactuam territórios de responsabilidade compartilhada, havendo um total de 30.076 equipes de Atenção Básica envolvidas. A partir de 2013, foram incluídos no Programa creches, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos, em um total de 80,4 mil escolas e 18,7 milhões de educandos. Em todos os municípios que aderiram ao Programa Saúde na Escola, pelo menos uma creche ou pré-escola foi selecionada.
No contexto do Projeto Olhar Brasil, mais de 2 mil municípios solicitaram adesão ao projeto em 2013, envolvendo cerca de 4 milhões de beneficiários do Programa Saúde na Escola e quase 230 mil alfabetizandos do Programa Brasil Alfabetizado. Em 2014, estima-se que cerca de 1 milhão de escolares serão encaminhados para consulta oftalmológica e, destes, mais de 200 mil precisarão de óculos monofocal ou bifocal.
O PSE mantém espaços coletivos de formulação e pactuação acerca das propostas pensadas para o programa, que podem ser permanentes ou transitórios, a depender da demanda. Para isso, adota a estratégia de abertura de grupos de trabalho (GTs), nos quais há interface constante com as políticas de Saúde Mental.
2 – Atenção Básica e as Ações de Prevenção e Controle do Câncer
Em 2012, foi finalizado o Caderno de Atenção Básica sobre o câncer de mama e o câncer do colo do útero, publicação conjunta da Coordenação-Geral de Áreas Técnicas (CGAT/DAB/SAS/ MS) em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Assim como realizado em relação às outras redes de atenção, os aspectos relacionados à temática do câncer também foram abordados pelo Pmaq, conforme exemplos citados a seguir:
Câncer de colo do útero e de mama
Indicadores
• Razão entre exames citopatológicos do colo do útero.
Feito através de avaliação de equipe, questionário e exames
Câncer de boca
Feita através de avaliação da equipe e questionário
3 – Atenção Básica e a Rede de Urgência e Emergência (RUE) - A Atenção Domiciliar – Melhor em Casa – é componente da Rede de Urgências e Emergências (RUE), portanto, tem sido debatida nos grupos condutores desta rede no âmbito dos estados. Para tanto, a Coordenação-Geral de Atenção Domiciliar (CGAD/DABSAS/MS) tem consolidado a parceria com o Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência (DAHU/SAS/MS), com a finalidade de que o tema da Atenção Domiciliar seja discutido de forma integrada à RUE, potencializando a ação do apoio institucional.
R3 – As funções da Atenção Básica (AB) nas Redes de atenção a Saúde (RAS) são:
I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária; II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais; III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. Para isso, é necessário incorporar ferramentas e dispositivos de gestão do cuidado, tais como: gestão das listas de espera (encaminhamentos para consultas especializadas, procedimentos e exames), prontuário eletrônico em rede, protocolos de atenção organizados sob a lógica de linhas de cuidado, discussão e análise de casos traçadores, eventos-sentinela e incidentes críticos, dentre outros. As práticas de regulação realizadas na atenção básica devem ser articuladas com os processos regulatórios realizados em outros espaços da rede, de modo a permitir, ao mesmo tempo, a qualidade da micro-regulação realizada pelos profissionais da atenção básica e o acesso a outros pontos de atenção nas condições e no tempo adequado, com equidade; e IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários.
<https://aps.saude.gov.br/smp/smprasfuncoesab> - Acesso em 1 de Maio de 2023
R4 – A AB é composta pelas seguintes áreas:
· Saúde da Criança
· Saúde da Mulher
· Saúde da Gestante
· Controle do Diabetes
· Controle da Hipertensão
· Eliminação da Hanseníase
· Controle da Tuberculose
· Saúde Bucal
· Eliminação da desnutrição infantil
· Promoção da saúde
· Saúde do Idoso
· Controle de Sífilis???
Acolhimento com classificação de risco, consultas de enfermagem, médicas e de saúde bucal, distribuição e administração de medicamentos, vacinas, curativos, visitas domiciliares, atividade em grupo nas escolas, educação em saúde, entre outras.
<https://saude.rs.gov.br/atencao-basica-ou-primaria-principal-porta-de-entrada-para-o-sistema-unico-de-saude-sus#:~:text=As%20unidades%20oferecem%20uma%20diversidade,escolas%2C%20educação%20em%20saúde%2C%20entre>
ÁREAS TÉCNICAS DA ATENÇÃO BÁSICA
• Estratégia Saúde da Família
• Saúde da População Indígena
• Urgência na Atenção Básica
PROGRAMAS NA ATENÇÃO BÁSICA
• Melhor Em Casa – Atenção Domiciliar
• Programa Municipal de Controle do Tabaco
• Programa Bolsa Família
• Programa Automonitoramento Glicêmico
ESTRUTURA E SERVIÇOS DA ATENÇÃO BÁSICA
• Consultas individuais e coletivas;
• Visita domiciliar;
• Saúde Bucal;
• Vacinação;
• Coleta para exames laboratoriais: sangue, urina e fezes;
• Curativos;
• Planejamento familiar;
• Tratamento e acompanhamento de pacientes diabéticos e hipertensos;
• Desenvolvimento das ações de controle da dengue e outros riscos ambientais em saúde
• Pré-natal e Puerpério
• Acolhimento mãe-bebê após alta na maternidade
• Rastreamento de câncer de colo uterino (preventivo) e câncer de mama
• Teste do pezinho, teste do reflexo vermelho e da orelhinha
• Teste rápido de sífilis e HIV
• Distribuição gratuita de preservativos
• Teste rápido de gravidez
• Controle do Tabagismo
• Prevenção, tratamento e acompanhamento das DTS e HIV
• Acompanhamento de doenças crônicas
• Identificação, tratamento e acompanhamento da tuberculose
• Identificação, tratamento e acompanhamento da hanseníase
• Ações de promoção da saúde e proteção social na comunidade
<https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/atencao_basica/index.php?p=1936>

R5 – Os elementos que compõe a RAS são:
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE – II
UNIDADE IIA OPERACIONALIZAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
1. Elementos constitutivos das Redes de Atenção à Saúde
As RAS são constituídas por três elementos fundamentais: população, estrutura operacional e modelo de atenção à saúde.
POPULAÇÃO: A população e a área geográfica ficam sob responsabilidade de uma RAS, que ocupa a região de saúde definida pelo Plano Diretor de Regionalização e Investimentos (PDRI).
ESTRUTURA OPERACIONAL: É formada pelos pontos de atenção das redes e pelas ligações materiais e imateriais que integram esses diferentes serviços. Assim, há cinco componentes que fazem parte da estrutura operacional:
1) Centros de Comunicação
2) Pontos de Atenção à Saúde Secundários e Terciários
3) Sistemas de Apoio
4) Sistemas de Logísticos
5) Sistemas de Governança

1) Centros de Comunicação: a APS tem papel chave na estruturação das redes, atuando como ordenadora e coordenadora dos fluxos (referência) e contra-fluxos (contra-referência) do cuidado. Ela é fundamental na constituição do sistema de saúde por sua proximidade com os indivíduos e seu cotidiano. Assim, esse componente deve desempenhar ações de saúde e fazer a ligação entre os demais pontos de atenção, de modo a garantir a integralidade e continuidade da atenção à saúde dos usuários.
Exemplo: na Rede Cegonha, uma gestante faz o acompanhamento pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Esta UBS tem como responsabilidade – entre outras – fazer a articulação com os serviços de apoio diagnóstico para realização de exames necessários durante a gestação, a programação do parto na maternidade mais próxima da residência da usuária, e fazer o acompanhamento pós-parto do binômio mãe-bebê. 2) Pontos de atenção à saúde secundários e terciários: os pontos de atenção de diferentes densidades tecnológicas servem de apoio aos serviços da APS, com ações especializadas em nível ambulatorial, hospitalar, apoio diagnóstico e terapêutico

3) Sistemas de Apoio: Locais onde são prestados serviços de saúde comuns a todos os pontos de atenção. São constituídos por 3 sistemas principais: sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico; sistema de assistência farmacêutica e sistemas de informação em saúde. Seguem exemplos na figura abaixo:

4) Sistemas Logistica: oferecem soluções em saúde baseadas nas tecnologias de informação, voltadas para promover a eficaz integração e comunicação entre pontos de atenção à saúde e os sistemas de apoio. Podem referir-se a pessoas, produtos ou informações, e estão fortemente ligados ao conceito de integração vertical. Os sistemas logísticos são: identificação do usuário por meio do Cartão Nacional do SUS; prontuário clínico; sistema de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte.

5) Sistemas de Governança: de acordo com Mendes, são arranjos institucionais organizados que envolvem diferentes atores, estratégias e procedimentos, para gerir, de forma compartilhada e interfederativa, as relações entre as outras quatro (4) estruturas operacionais citadas anteriormente, com vistas à obtenção de maior interdependência e melhores resultados sanitários e econômicos. Assim, é por meio destes sistemas transversais que se articulam os elementos da RAS em função da missão, da visão e dos objetivos comuns das redes.

Independentemente do tipo ou quantidade de redes temáticas (RT) de atenção à saúde que foram ou serão implantadas em seu município, elas sempre terão como centro coordenador unidades e equipes da APS, que por sua vez ordenarão os fluxos e contrafluxos de atenção junto aos pontos de atenção secundários e terciários que pertencem a esta RT, por meio dos sistemas logísticos, e contando com o auxílio dos sistemas de apoio. Todo esse conjunto será gerido por um sistema de governança interfederativo e transversal. MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE: Este é o último e não menos importante elemento que constitui uma RAS. Pode ser definido como: Este é o último e não menos importante elemento que constitui uma RAS. Pode ser definido como: “um sistema lógico que organiza o funcionamento das RAS, articulando, de forma singular, as relações entre a população e suas subpopulações (grupos) estratificadas por riscos, os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde e os diferentes tipos de intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográfica e epidemiológica e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade.”Em outras palavras, é a lógica adotada pelos gestores municipais e estaduais para atender às demandas de saúde da população local de forma mais efetiva, eficiente e segura. Cabe relembrar que esta lógica deve condizer com o atual cenário de tripla carga de doenças, com prevalências crescentes e alarmantes das condições crônicas de doença. Logo, os modelos de atenção à saúde devem subsidiar toda a formação e implantação das RAS, e também ter como foco prioritário as condições crônicas (garantindo atenção aos respectivos eventos agudos), e não somente as condições agudas.

Todos estes 03 elementos constitutivos, juntos, compõem as RAS: população, estrutura operacional e modelo de atenção à saúde. Sem a presença de qualquer um desses elementos, é impossível implantar uma RAS capaz de cumprir com seu papel.

Ferramentas de micro gestão dos serviços nas Redes de Atenção à Saúde
As RAS devem ser organizadas localmente segundo os atributos e fundamentos discutidos na aula anterior, por meio de um processo de planejamento que considere a realidade e os determinantes de saúde específicos de um território sanitário e das pessoas que nele vivem. Ainda, devem estar associados o uso de critérios gerenciais e eficiência econômica, com vistas a soluções integradas de atenção à saúde. Partindo do ponto de vista da prática micro gerencial, onde os profissionais de saúde têm maior responsabilidade, são necessárias ferramentas capazes de assegurar padrões clínicos ótimos; diminuição de riscos para os usuários e profissionais; aumento da eficiência; prestação de serviços efetivos e melhoria na qualidade da atenção à saúde. Existem possibilidades com grande potencial, e a seguir estão apresentadas 6 ferramentas de micro gestão:
Diretrizes clínicas;
Linhas de Cuidado;
Gestão da condição de saúde;
Gestão de caso;
Auditoria clínica;
Lista de espera.
a) Diretrizes clínicas: recomendações desenvolvidas de modo sistemático, baseadas em evidências, que orientam decisões dos profissionais de saúde em um caso clínico, envolvendo ações de prevenção, promoção e assistência. São conhecidas como protocolos ou linhas-guia. Viabilizam a comunicação entre as equipes e serviços, e orientam as Linhas de Cuidado. Exemplo: diretriz clínica para diagnóstico/ tratamento da fibrose cística.b) Linhas de Cuidado: forma de articulação de recursos e práticas de saúde entre as unidades de atenção de uma região (primária, secundária ou terciária), com acolhimento e condução dos usuários pelas possíveis vias de diagnóstico e tratamento dentro da rede de saúde. Exemplo: linha de cuidado do parto e puerpério; linha de cuidado do diabetes e hipertensão arterial; linha de cuidado da obesidade.c) Gestão da condição de saúde: processo que envolve a superação do modelo de atenção focado no indivíduo, utilizando procedimentos curativos e reabilitadores, para uma abordagem baseada na população local, que identifica indivíduos em risco e tem foco na promoção da saúde e/ou na ação preventiva, com intervenção precoce a fim de alcançar resultados satisfatórios com custos reduzidos.d) Gestão de caso: processo que se desenvolve entre o profissional de saúde e o usuário, visando ao planejamento, monitoramento e avaliação das ações e serviços de saúde, de acordo com as necessidades do indivíduo. É o plano de cuidado que será posto em prática pelo profissional de saúde para responder à demanda de saúde do usuário.e) Auditoria clínica: análise crítica e sistemática da qualidade da atenção à saúde. Não pode ser confundida com a auditoria realizada pelo Sistema Nacional de Auditoria (SNA). Tem como foco os usuários dos serviços de saúde, em um contexto favorável à melhoria da eficácia clínica, objetivando maximizar os resultados clínicos. Por exemplo: quando o gerente recém-nomeado em um centro de saúde quer conhecer e melhorar os serviços da Pediatria, ele pode reter – por amostragem ou não – certa quantidade de prontuários clínicos para analisar os procedimentos que foram realizados pela equipe e como foram registrados os dados em prontuário.f) Lista de espera:tecnologia que estabelece o ordenamento dos usuários dos serviços em determinados pontos de atenção à saúde, partindo de critérios claros de necessidades e riscos, de modo a garantir a transparência deste processo nos sistemas de saúde. Listas de espera longas e demoradas indicam uma disparidade entre oferta e demanda por serviços de saúde, e hoje constituem um grande obstáculo a ser superado pelo SUS.
Estas ferramentas de micro gestão possibilitarão não só a integração dos pontos de atenção, mas também permitirão uma reestruturação dos processos e trabalhos em equipe multiprofissional, com vistas à melhoria das ações interdisciplinares. Tal avanço nas práticas de saúde é necessário para o alcance dos objetivos esperados com a reestruturação do SUS segundo a lógica de redes. O uso de ferramentas de micro gestão qualificadas permitirá a adequada implantação e funcionamento das RAS em nível local.
<https://enfermagemonlinebr.wordpress.com/2014/04/26/redes-de-atencao-a-saude-ii/>

FINALIZAÇÃO QUESTÕES DE APRENDIZAGEM 09/05/23
Estrutura Operacional
è Centro de comunicação
è Pontos de atenção
è Sistema de Apoio
è Sistema de Logística
è Sistema de Governança
Modelo de atenção a Saúde, 2 modelos:
Modelo de saúde de doenças agudas (infectocontagiosas)
Modelo de saúde de doenças crônicas
Agravos de notificação -> Covid, Zika e outras doenças que você precisa notificar para a vigilância epidemiológicas. Entre os agravos existem os agravos a saúde: Violência doméstica, violência conta criança ou idoso, física, mental ou sexual.
Data SUS: Sistema que faz todo gerenciamento no SUS, porém não interligado.
REFLEXÃO: Hoje a aula foi muito boa com bastante conversa, aprendizado e muito conhecimento em torno do assunto RAS e AB. Muito importante entender sobre partes organizacionais e territorialização
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