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HMEC - 11/10/23 - Perguntas/APA

  • Foto do escritor: thikow
    thikow
  • 11 de out. de 2023
  • 14 min de leitura

Atualizado: 6 de nov. de 2023

Questões de aprendizagem



1- Sobre o Tabagismo:


- Qual a definição do Tabagismo e sua dependência?

- Quais os efeitos do tabaco/nicotina para a saúde?

- Qual e como é o teste que verifica o grau de dependência a nicotina?

- Quais saia as diferenças entre os tipos de tabaco com relação a nicotina .

- Como calcular a carga tabagica?


2- Existem medidas que são mais recomendadas para auxiliar na redução do tabaco?


3- Definir fadiga e quais os fatores podem estar associados a fadiga?


4- Conceituar dispneia?


5- Quais são os exames para verificar a glicemia e como interpretá-lo? (buscar a última Diretriz Brasileira de Diabetes Mellitus). Cite quais são as complicações agudas do Diabetes Mellitus que podem demandar atendimento de emergência e quais são os sintomas característicos que auxiliam em seu reconhecimento?



RESPOSTAS


1-) Sobre o Tabagismo:


- Qual a definição do Tabagismo e sua dependência?


OMS


A Organização Mundial da Saúde classifica o tabagismo como uma doença, recebendo o código CID-10: F 17.2, com características de se desenvolver ainda na juventude (doença pediátrica), ser crônica, ser recidivante (sujeita a várias recaídas até a pessoa parar definitivamente), ser tratável (é possível se livrar do tabaco) e ser evitável (é possível prevenir o seu uso).


Fiocruz


O tabagismo é o ato de se consumir cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja droga ou princípio ativo é a nicotina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatido.


Ministério da Saúde:


O tabagismo é uma doença crônica, de caráter epidêmico, consequente à dependência à nicotina, a principal, mas não única substância causadora da adicção. O cigarro convencional contém milhares de substâncias químicas, sendo fator de risco para múltiplas doenças graves, como doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas e diversas neoplasias, dentre outras. Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), como o cigarro eletrônico, também têm nicotina, sendo que seu uso foi associado aos riscos das mesmas doenças crônicas que o cigarro comum.


Dependencia química, física e psiquica


- Quais os efeitos do tabaco/nicotina para a saúde?


(OMS - “Produtos de tabaco contendo nicotina, é uma das principais ameaças à saúde pública”)

O tabaco é associado ao câncer (principalmente de laringe/pulmão), doenças cardíacas, respiratórias, dependência da nicotina, grandes chances de infecções respiratórias (pneumonia e bronquite), diminui as defesas do organismo deixando o paciente sujeito a contrair doenças, doenças do sistema nervoso, doenças periodontais e cáries dentárias.


Lesão endotelial

Os danos causados pelo tabagismo ao endotélio vascular são complexos e variados e, entre eles, citamos o estresse oxidativo, a inflamação e as alterações na coagulação.

O estresse oxidativo reduz a biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), uma molécula protetora dos vasos sanguíneos, causando danos ao endotélio do fumante, o que o torna permeável para liberar toxinas aos tecidos do corpo. O fumante apresenta níveis séricos elevados de citocinas pró-inflamatórias, entre elas algumas interleucinas (IL-1b, IL-6) e de fatores de necrose tumoral alfa, que promovem um processo inflamatório no endotélio vascular. O aumento do estresse oxidativo e das citocinas circulantes causa inflamação dos vasos sanguíneos e disfunção endotelial.

A Proteína C Reativa (PCR), um reagente inflamatório de fase aguda, é capaz de aumentar a expressão do fator tecidual nos monócitos, um precipitador da coagulação in vivo, ou seja, da trombose, enquanto o Dímero-D se constitui de vestígios de proteínas liberadas durante a coagulação. Estes dois marcadores estão aumentados nos fumantes, prejudicando a função fisiológica de anticoagulação do endotélio e predispondo-os a eventos trombóticos e tromboembólicos.



Liberação de catecolamina -> Descarga adrenérgica com vasoconstrição, aumento dos batimentos cardíacos, espessamento das paredes dos vasos aumetando a resistência vascular, pressão arterial e outros. Pode levar a angina-estável quando o fluxo do vaso pode não ser suficiente para a demanda de nutrientes (por exemplo em exercícios físicos - claudicação intermitente por angina pectoris). Outro caso é quando rompe parede formando uma lesão a qual recruta plaquetas formando um trombo em coronária que pode levar a um IAM isquêmico gerando uma angina-instável. Monóxido de carbono (afinidade por hemoglobina levando ao deficit na troca gasosa).

EVALI (E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury) -> Doença estudada em pessoas que fazem o uso de VAPE/DEF




- Qual e como é o teste que verifica o grau de dependência a nicotina?


O teste se chama "Teste de Fagerström" que mede o grau de dependência de nicotina, as perguntas são: 1-Em quanto tempo depois que você acordar você fuma o primeiro cigarro? 2- Você acha difícil ficar sem fumar em lugares onde é proibido? 3-Qual o cigarro do dia te traz mais satisfação? 4- Quantos cigarros você fuma por dia? 5- Você fuma mais frequentemente pela manhã? 6- Você fuma mesmo doente quando precisa ficar na cama a maior parte do tempo?


Teste de Fargestrom

Responda às perguntas abaixo, some o número no final de cada resposta e veja o resultado no fim da página.

1. Em quanto tempo depois de acordar você fuma o primeiro cigarro?

· · Dentro de 5 minutos (3)

· · 6-30 minutos (2)

· · 31-60 minutos (1)

· · Depois de 60 minutos (0)


2. Você acha difícil ficar sem fumar em lugares onde é proibido (por exemplo, na igreja, no cinema, em bibliotecas, e outros.)?

· Sim (1) · Não (0)


3. Qual o cigarro do dia que traz mais satisfação?

· O primeiro da manhã (1) · Outros (0)


4. Quantos cigarros você fuma por dia?

· Menos de 10 (0) · De11a20 (1) · De21a30 (2) · Mais de 31 (3)


5. Você fuma mais frequentemente pela manhã?

· Sim (1) · Não (0)


6. Você fuma mesmo doente quando precisa ficar na cama a maior parte do tempo?

· Sim (1) · Não (0)


Resultado:

Avaliação do resultado Dependência (soma dos pontos):


· · 0-2: muito baixa

· · 3-4: baixa

· · 5: média

· · 6-7: elevada

· · 8-10: muito elevada



- Quais são as diferenças entre os tipos de tabaco com relação a nicotina?


Cigarro industrializado

De acordo com o pneumologista Elton Rosso, consultor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, todo componente do cigarro é nocivo à saúde.

Além disso, as concentrações de nicotina costumam ser menores do que as de outras formas de consumo do tabaco, sendo necessário fumar mais cigarros para abater o vício, ou seja, ter contato com ainda mais componentes tóxicos.

Cigarros ditos mentolados, que são aqueles com sabor, como menta e cravo, também devem ser evitados.

Elton Rosso afirma que os aditivos presentes nesse cigarro não amenizam o efeito nocivo do tabaco, mais ainda não é possível medir as consequências do consumo desses aditivos.

"Não sabemos como esses produtos são adicionados ao tabaco, já que é uma informação confidencial", afirma o pneumologista. "Por isso, é difícil dizer quais são as consequências da ingestão dessas substâncias."

Narguilé

Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) afirma que uma sessão de narguilé de 80 minutos equivale a nada menos do que fumar 100 cigarros.

De acordo o pneumologista Elton, o fumo utilizado no narguilé contém as mesmas substâncias tóxicas do tabaco - nicotina, alcatrão, monóxido de carbono e metais pesados.

"No entanto, ele possui uma concentração maior de nicotina, tornando o risco de dependência maior", diz.

Além disso, o usuário de narguilé pode tornar-se rapidamente fumante de cigarro, porque fica viciado facilmente na nicotina.

"Ao contrário do que dizem, a água do narguilé não filtra a fumaça, somente a deixa mais fria, o que inclusive potencializa o aparecimento de doenças", declara o pneumologista.

Enfraquecimento dos dentes e câncer na boca são os principais males decorrentes do narguilé, sendo que os riscos de desenvolver problemas de saúde são iguais aos do cigarro, ainda que a pessoa não fume com frequência.

Cachimbo

"A imagem do cachimbo está associada no inconsciente das pessoas como símbolo de elegância e gerador de inteligência, comportamento que pode levar ao vício", diz Elton Rosso.

O cachimbo é feito com a mistura de dois tipos de tabaco, a Nicotiana tabacum e a Nicotiana rústica, e não é envolvido em papel ou qualquer outro aditivo, salvo os fumos para cachimbo que contêm sabor.

Fumantes de cachimbo podem achar que correm menos riscos porque não estão tragando a fumaça, mas o pneumologista Elton afirma que "há evidências científicas de que, mesmo sem a pessoa tragar, tanto o charuto quanto cachimbo podem ser tão nocivos quanto o cigarro".

As chances de a pessoa ficar viciada em cachimbo não são muito diferentes das do cigarro e esse tipo também está associado ao aumento da mortalidade por câncer de pulmão, laringe, esôfago e outros graves problemas na cavidade oral.

Charuto

Quem fuma charuto apresenta um aumento de 45% no risco de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e 27% mais chances de sofrer de doenças cardíacas. "O charuto mantém as folhas do tabaco inteiras e não possui filtro, intensificando os danos", diz Elton Rosso.

A conselheira Sabrina Presman, da Associação de Estudos sobre Álcool e Drogas, explica que a folha usada no charuto é queimada ao sol, diferente dos cigarros industrializados, nos quais a folha é queimada em um forno a altas temperaturas.

"Essa diferença altera o pH da folha, fazendo com ela seja absorvida pela mucosa da boca em vez de pelo pulmão", explica Sabrina. Por conta disso e pela falta de filtro, o risco de o fumante desenvolver câncer de boca aumenta em relação ao cigarro industrializado.

Cigarro de palha

Também conhecido por palheiro, pó ronca ou paiol, o cigarro de palha é artesanal e muito presente na cultura brasileira, sendo comum encontrá-lo em regiões rurais, onde as comunidades tradicionais ainda preservam o costume de montar o cigarro com o fumo de corda picado. Em áreas urbanas, o cigarro de palha é montado com o fumo industrializado à venda, que é equivalente ao fumo do cigarro.

A diferença desse tipo para o cigarro industrializado é que o fumo é envolto em palha em vez do papel e não possui qualquer tipo de filtro, sendo a forma mais nociva de inalação da fumaça."

A palha não permite a passagem de ar de dentro para fora do cigarro e torna as tragadas mais intensas e concentradas", afirma Sabrina Presman.

O consultor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia Elton Rosso complementa que um cigarro de palha equivale a fumar três cigarros industrializados, elevando portanto o risco de dependência e aparecimento de doenças como câncer de pulmão, rins e estômago, além de infarto agudo do miocárdio e enfisema pulmonar.

Cigarrilha

Esse tipo de fumo é como uma versão mais curta e estreita do charuto. Ao contrário dos cigarros, que são envolvidos em papel, as cigarrilhas são envolvidas em folhas de fumo.

"Os teores de nicotina deste produto são mais elevados, desencadeando maior dependência e mais chances de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco", afirma Elton Rosso.

De acordo com o pneumologista, não se fala muito nesse tipo porque o consumo não é tão comum quanto o do cigarro. "Mas devem ser evitados da mesma forma", lembra.

Fumo de corda

Chamado também de fumo de rolo ou fumo crioulo, o fumo de corda é um tipo de tabaco torcido e enrolado, normalmente utilizado para confeccionar cigarros de palha, mas que também pode ser consumido mascando-se pequenos pedaços. As folhas são enroladas para formar a corda, que é curada ao sol durante 60 a 90 dias e torcida várias vezes.

"Quando mascado, o fumo de corda libera a nicotina diretamente na mucosa da boca do usuário, aumentando o risco de câncer nessa região", explica Elton Rosso. Os níveis de dependência são iguais aos do cigarro de palha, tanto na sua forma mascada quando inalada.

Folha de tabaco

Tabaco de mascar é um tipo de produto consumido pela colocação de uma porção do tabaco entre a bochecha e a gengiva ou mascando essa porção com os dentes.

Ao contrário das outras formas de fumo, a folha deve ser mecanicamente esmagada com os dentes para libertar o sabor e nicotina.

"Os níveis de zinco, chumbo e polônio são encontrados em maiores quantidades nessa forma de consumo, aumentando os riscos de câncer no geral", diz o pneumologista Elton.

Os riscos de vício também são mais elevados, já que a nicotina é liberada diretamente na mucosa bucal do usuário.


Vape/DEF

Os vaporizadores funcionam à base de uma bateria que aquece a solução líquida, chamada de essência, que é inserida nos dispositivos. Essa queima produz um aerossol que aumenta os riscos de doenças cardíacas e pulmonares nos usuários. Os malefícios estão relacionados ao aquecimento de alguns líquidos utilizados nos vapes.



- Como calcular a carga tabagica?


O cálculo da carga tabagica é realizado pela multiplicação do número de maços fumados por dia pelo número de anos de tabagismo.

Por exemplo, uma pessoa que fumou 40 cigarros por dia (2 maços) por período de 30 anos possui uma carga tabagica de 60 anos - maço (2 x 30).


Outra forma:


Para calcular a carga tabagica, o número de cigarros fumados por dia foi dividido por 20 (o número de cigarros em um maço) e o resultado foi multiplicado pelo número de anos de uso de tabaco (anos-maço).


Link para calculo de carga tabagica da SOPTERJ (Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro):


http://www.sopterj.com.br/calculo-do-fumo/



2-) Existem medidas que são mais recomendadas para auxiliar na redução do tabaco?


Sim, terapia comportamental, medicamentos, apoio social, terapia de reposição de nicotina (como exemplo a OMS apoia o uso de adesivos de nicotina, gomas de mascar), rodas de conversa e grupos de apoio


O cloridrato de bupropiona é um medicamento usado para tratar transtorno depressivo maior (TDM). A bupropiona também é usada para ajudar a parar de fumar.


O fumante passivo tem o mesmo risco (ou maior) quanto ao uso de nicotina que o fumante. A nicotina se deposita nos móveis e mesmo após o cigarro ter sido consumido esse deposito de nicotina causa danos a quem convive naquele ambiente.


Se não quiser parar é necessário fazer a redução de danos (adoção de hábitos mais saudáveis como melhora na alimentação, ingesta hídrica, melhora de sono e implementação de atividade física)



3-) Definir fadiga e quais os fatores podem estar associados a fadiga? Fadiga é definida como uma sensação de exaustão física ou mental que pode prejudicar a capacidade de realizar atividades diárias com eficácia. A fadiga é a sensação de estar cansado o tempo todo, já o cansaço se manifesta em algum período ao longo do dia.


Fadiga é quando uma pessoa sente uma forte necessidade de descansar, e tem tão pouca energia que é difícil começar e manter uma atividade.

Os fatores que estão associados à fadiga são a sobrecarga de trabalho, falta de sono, estresse, má alimentação, falta de atividade física, condições médicas, excesso de álcool, excesso de cafeína, problemas emocionais e medicamentos.

A fadiga é normal depois de exercícios físicos, estresse prolongado e de privação do sono. No entanto, a fadiga que aumenta e se apresenta depois de atividades que anteriormente não a provocavam pode ser um dos sintomas, ou, ocasionalmente, o primeiro sintoma de um distúrbio.


A fadiga recente (que dura menos de um mês) tem muitas causas, mas as mais comuns são as seguintes:


No caso da fadiga prolongada (que dura de um a seis meses), as causas mais comuns são as seguintes:


No caso da fadiga crônica (que dura mais de seis meses), as causas mais comuns são as seguintes:


A síndrome da fadiga crônica é um distúrbio de causa desconhecida que resulta em fadiga e alguns outros sintomas. Nem todo mundo que tem fadiga sem motivo aparente tem síndrome da fadiga crônica. As pessoas com COVID-19 podem ter sintomas que duram semanas ou até mesmo meses, um quadro clínico denominado “COVID longo” ou “COVID de longo prazo” que se assemelha à síndrome da fadiga crônica.


*É um sintoma pois não consegue se medir (é subjetivo) - Sinal consegue medir



4-) Conceituar dispneia?


A dispneia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde é definida como uma sensação subjetiva de desconforto respiratório, que envolve uma experiência consciente de dificuldade respiratória ou uma sensação de falta de ar, ou seja, é quando se sente uma dificuldade ao respirar, uma falta de ar.


"Dispneia é um sintoma angustiante e que muitas vezes limita as atividades de vida diária (AVD’s). É um sintoma que pode ser expressado de diferentes formas como: “falta de ar” e “angústia no peito”.


Além do relato do paciente, segundo a American Thoracic Society4, outra forma de conceituá-la é biologicamente, sendo a dispneia considerada como uma incompatibilidade entre a atividade respiratória central e o repasse de informações dos receptores nas vias aéreas (VA), pulmões e estruturas da parede torácica. No entanto, o conceito da dispneia é subjetivo, e os sinais podem passar despercebidos.


A sensação, como já mencionado, é subjetiva e, por esse motivo, pode ser percebida de diferentes maneiras, como:

  • Sensação de aperto no peito;

  • Sufocamento;

  • Falta de ar;

  • Incapacidade de encher o pulmão de ar.


Principais etiologias da dispneia


A dispneia é um sintoma que está presente em diversas patologias, principalmente as associadas ao sistema respiratório e cardiovascular. Entretanto, exitem outras condições e doenças que o paciente também pode apresentá-la como queixa.

Dentre as principais causas mais frequentes da dispenia, temos:

  • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC);

  • Asma;

  • Doenças difusas pulmonares;

  • Tromboembolismo pulmonar;

  • Síndromes Coronarianas;

  • Insuficiência cardíaca;

  • Arritmias cardíacas;

  • Anemia;

  • Hipo e hipertireoidismo;

  • Acidose;

  • Descondicionamento físico;

  • Transtorno de ansiedade;

  • Gravidez;

  • Altitude elevada.


Conhecendo a fisiopatologia para o manejo da dispneia


A fisiopatologia é muito importante para entendermos a forma como ocorre o problema e saúde e assim, poder porpor o tratamento.

A sensação da dispneia é produzida e modulada por estímulos de receptores do sistema respiratório. Existem algumas vias que estão envolvidas nesse processo. Confira a figura abaixo:



Classificação


A dispneia pode ser classificada por diversas escalas, para se ter noção do grau e quanto a diversos fatores.

Classificação do grau da dispneia

Confira as classificações quanto ao grau da dispneia:

Escala Fletcher modificada utilizada pela American Thoracic Society




Classificação MRC (Medical Research Council)


A classificação do órgão britânico MRC (Medical Research Council) parece ser a mais adequada para a avaliação da intensidade da dispneia. Visto que irá orientar como faremos o manejo da dispneia.




5-) Quais são os exames para verificar a glicemia e como interpretá-lo? (buscar a última Diretriz Brasileira de Diabetes Mellitus).


Cite quais são as complicações agudas do Diabetes Mellitus que podem demandar atendimento de emergência e quais são os sintomas característicos que auxiliam em seu reconhecimento?


No indivíduo assintomático, É RECOMENDADO utilizar como critério de diagnóstico de DM a glicemia plasmática de jejum maior ou igual a 126 mg/dl, a glicemia duas horas após uma sobrecarga de 75 g de glicose igual ou superior a 200 mg/dl ou a HbA1c maior ou igual a 6,5%. É necessário que dois exames estejam alterados. Se somente um exame estiver alterado, este deverá ser repetido para confirmação.


1. Glicemia de Jejum: Valores normais geralmente estão na faixa de 70-99 mg/dL. Valores em jejum persistentemente acima de 126 mg/dL em dois exames separados podem indicar diabetes.



Exames para verificar a glicemia:


1. Glicemia de Jejum:Valores normais geralmente estão na faixa de 70-99 mg/dL. Valores em jejum persistentemente acima de 126 mg/dL em dois exames separados podem indicar diabetes.

2. Hemoglobina A1c (HbA1c): Um valor de HbA1c de 6,5% ou superior geralmente é diagnosticado como diabetes. Valores entre 5,7% e 6,4% podem indicar pré-diabetes.

3. Teste de Tolerância à Glicose Oral (TTGO):Valores de glicose em jejum superiores a 126 mg/dL ou valores acima de 200 mg/dL após 2 horas do teste podem indicar diabetes.

4. Glicemia Pós-Prandial:Valores de glicose 2 horas após uma refeição geralmente devem estar abaixo de 140 mg/dL.

5. Dosagem de C-peptídeo: Ajuda a avaliar a produção de insulina. Valores elevados podem indicar resistência à insulina, enquanto valores baixos podem sugerir deficiência de insulina.

6. Exame de Urina para Avaliação de Microalbuminúria: A presença de microalbuminúria na urina pode ser um sinal de lesão nos rins, uma complicação do diabetes.

7. Perfil Lipídico: Avalia os níveis de lipídios no sangue, e níveis descontrolados podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares em pessoas com diabetes.

8. Exame de Fundo de Olho: Detecta retinopatia diabética, uma complicação ocular. Alterações no fundo de olho podem indicar a necessidade de tratamento preventivo.

9. Dosagem de Insulina: Avalia os níveis de insulina no sangue, que podem variar em pessoas com diabetes.


Complicações agudas do Diabetes Mellitus que podem demandar atendimento de emergência:


1. Hipoglicemia - Caracterizada por sintomas como tremores, sudorese, confusão e fraqueza, devido a níveis muito baixos de açúcar no sangue (glicose).


2. Cetoacidose Diabética (CAD) - Com sintomas como sede intensa, respiração rápida e hálito com odor de frutas, causada por níveis extremamente altos de açúcar no sangue e acúmulo de cetonas ácidas.


3. Estado Hiperosmolar Hiperglicêmico (EHH) - Apresentando sede extrema (polidipsia), confusão, fraqueza e visão turva, devido a níveis muito elevados de açúcar no sangue e desidratação grave.


4. Hiperglicemia Hiperosmolar Não Cetótica (HHNC) - Semelhante ao EHH, mas sem o acúmulo de cetonas ácidas, frequentemente associada a infecções ou doenças.

Os sintomas característicos dessas complicações devem alertar a pessoa com diabetes a buscar imediatamente atendimento médico de emergência para evitar consequências graves. É essencial seguir o tratamento e monitoramento adequados para prevenir essas complicações agudas.


4 p's do diabético -> Poliuria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso














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O cigarro tradicional é produzido a partir de folhas de tabaco, que são misturadas com outros produtos químicos durante esse processo, para dar sabor e aroma. Esses cigarros podem ou não terem filtros, dependendo do fabricante.

Além da nicotina, existem várias substâncias nos produtos com tabaco, algumas geradas pela alta temperatura da combustão dessa folha. Dentre as mais de sete mil substâncias, sendo 69 sabidamente cancerígenas, as principais são:


  • monóxido de carbono (afinidade por hemoglobina levando ao deficit na troca gasosa)

  • alcatrão,

  • amônia,

  • acetona,

  • naftalina,

  • fósforo,

  • formol,

  • aldeídos,

  • acroleína,

  • arsênio,

  • nitrosaminas,

  • plutônio,

  • níquel,

  • cádmio,

  • cianeto,

  • benzeno,

  • benzopireno,

  • chumbo,

  • tolueno.


Já os vaporizadores funcionam à base de uma bateria que aquece a solução líquida, chamada de essência, que é inserida nos dispositivos. Essa queima produz um aerossol que aumenta os riscos de doenças cardíacas e pulmonares nos usuários. Os malefícios estão relacionados ao aquecimento de alguns líquidos utilizados nos vapes.



Video sobre vape




Relação da carga tabágica com marcadores inflamatórios, marcadores metabólicos, composição corporal, força muscular e capacidade cardiorrespiratória em tabagistas




Bibliografia extra:


¹Jeremias-Martins1 E, 2, A , Chatkin1 JM,3,B . Does everyone who quit smoking gain weight? A real-world prospective cohort study. J Bras Pneumol. 2019;45(1):e20180010.

²Pisinger C, Jorgensen T. Weight concerns and smoking in a general population: the Inter99 study. Prev Med. 2007;44(4):283-9.

³Yeh HC, Duncan BB, Schmidt MI, Wang NY, Brancati FL. Smoking, smoking cessation, and risk for type 2 diabetes mellitus: a cohort study. Ann Intern Med. 2010;152(1):10-7.

4Clair C, Rigotti NA, Porneala B, Fox CS, D’Agostino RB, Pencina MJ, et al. Association of smoking cessation and weight change with cardiovascular disease among adults with and without diabetes. JAMA. 2013;309(10):1014-21.

5Harris KH, Zopey M, Friedman TC. Metabolic effects of smoking cessation. Nat Rev Endocrinol. 2016;12(5):299-308.

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/tabagismo-afeta-circulacao-sanguinea-e-pode-levar-a-perda-de-membros/



REFLEXÃO: As perguntas foram muito esclarecedoras principalmente referente a questão do diabetes e cigarro. Aprendi a calcular a carga tabágica e li bastante sobre a diabetes e seus diversos desdobramentos no tratamento e transcorrer da doença, tal como, a classificação de seus tipos. Hoje tivemos também a APA.












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©2023 por Thiago R. E. Sampaio.

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