PMSUS - REFLEXÃO - 04/04/23 - AULA 6
- thikow

- 4 de abr. de 2023
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Suíça
A Suíça se destaca em muitos aspectos em relação a outros países. Com a saúde, isso também acontece. Desde a década de 1990, os suíços contam com um sistema ao mesmo tempo privado e universal de saúde. Segundo especialistas, trata-se de um dos sistemas de saúde mais caros do mundo.
No país, as empresas privadas operam em um mercado altamente regulado pelo Estado. Os cidadãos podem escolher os planos desejados. E aqueles que não podem pagar ganham subsídios do governo.
O sistema suíço pode ser considerado complexo, já que prestadores de serviços (tanto instituições de saúde quanto os profissionais) são em parte estatais e em parte privados. Além disso, as empresas que oferecem o seguro básico obrigatório precisam prestar assistência a qualquer paciente que lhe contrate, mesmo que tenha uma doença pré-existente ou uma idade mais avançada.
Taiwan
O governo do país asiático tem um sistema de seguros de saúde desde 1995 com o objetivo de cobrir a assistência para todos. A população tem acesso a atendimento médico e odontológico, com hospitalização, cobertura de gravidez e também acesso à medicina tradicional chinesa. A qualidade costuma ser comparada aos padrões europeus, principalmente nas maiores cidades.
Cada cidadão possui um cartão inteligente, com todas as suas informações e respectivo histórico médico desde que nasceu. Esse sistema se sustenta com impostos sobre emprego. Dessa forma, os idosos e pessoas de baixa renda recebem subsídios.
Ao mesmo tempo, também existe assistência privada de saúde em Taiwan, com hospitais e clínicas. O principal diferencial desses locais é que lá as equipes médicas costumam falar inglês, o que não ocorre no sistema público.
Itália
Na Itália, é difícil encontrar planos de saúde privados. E o motivo é que o governo italiano oferece toda a assistência médica que a população precisa.
Já pessoas desempregadas ou com baixos rendimentos podem ser isentadas do pagamento, assim como idosos.
Cada pessoa tem seu médico de família que lhe acompanha por toda a vida e tem todo o seu histórico médico. As consultas com ele não são pagas, assim como alguns medicamentos prescritos por ele. Entretanto, para outros serviços de saúde é necessário um pagamento do chamado ticket sanitário, que custa no máximo 36 euros. Em algumas fontes encontramos mensagens do governo italiano salientando que o ticket não é mais necessário.
Reino Unido
Já no Reino Unido, mais de 8% do PIB é utilizado para a saúde. O governo se responsabiliza totalmente por manter todos os serviços de saúde em pleno funcionamento. Além disso, há centros de saúde espalhados pelos bairros das cidades que fazem triagem antes de encaminhar para o médico e dar seguimento à assistência.
O sistema público de saúde no Reino Unido é considerado o mais antigo do mundo em funcionamento, tendo sido criado em 1948. Ele funciona de forma gratuita para todos os cidadãos e é bastante completo. Inclui serviços de odontologia e fornece até mesmo medicamentos gratuitos, conforme o caso. Os pacientes também contam com um suporte por telefone 24h.
Japão
A saúde do Japão é reconhecida pelas altas taxas de recuperação de doenças e baixas taxas de mortalidade infantil. O sistema de saúde de lá é considerado avançado por especialistas.
Todos os cidadãos japoneses estão inscritos no sistema de saúde e, portanto, possuem acesso livre dos pacientes aos estabelecimentos de saúde que sejam de sua preferência. Novos serviços médicos estão sendo implementados para que todos possam receber serviços médicos por toda e qualquer tecnologia de comunicação.
Alemanha
A Alemanha não tem sistema público de saúde, funcionando com seguro saúde obrigatório. Assim, toda a população pode ter plano de saúde. Para isso, os alemães contribuem com parte do seu salário para o fundo de saúde, enquanto os empregadores depositam um valor equivalente. Pessoas de baixa renda que não podem pagar têm direito à assistência pública. E as crianças são cobertas pelo fundo dos contribuintes.
Espanha
A Espanha é outro país que costuma ser classificado como um dos melhores sistemas de saúde do mundo. De acordo com dados do governo do país, cerca de 90% da população espanhola utiliza o sistema de saúde pública.
Lá existe a garantia de que o paciente será atendido. Além disso, a comunicação é considerada muito efetiva entre pacientes e profissionais da saúde, através de cartas, e-mails e mensagens via whatsapp.
Há ainda o sistema de saúde privada espanhol, em que as empresas de seguro privado têm suas próprias redes de serviços ambulatorial, hospitalar e de procedimentos.
França
Por fim, a França tem um custo de 9,3% com PIB na área da saúde. O país já teve seu sistema de saúde eleito como um dos melhores sistemas de saúde do mundo pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O sistema de saúde da França integra seguro público com contribuições na folha de salários. Ele é financiado pelo próprio cidadão de acordo com a respectiva renda de cada um. Dessa forma, quando precisa de assistência médica, o paciente pode receber um reembolso de até 70% do governo para as despesas médicas.
Os franceses podem escolher o seu plano de saúde favorito e até mesmo quem possui plano de saúde privado, pode fazer uso desse modelo de sistema de saúde universal como uma segunda opção, por exemplo.
Cuba
Serviço primário, secundário, terciário (ex: hospital das clínicas) e quartenario (ex: hospital dos rins)
Canada
Só pode ter acesso morando a mais de 6 anos. Visitante não tem acesso. Apenas refugiados e quem mora ou estuda por lá a mais de 6 meses.
Fornecem poucos medicamentos para a população e não é igualitário, dividido em províncias. Investem bastante na atenção primária, prevenção e promoção. Um dos pioneiros em relação a isso. Como aqui no Brasil e na Itália existe médico da família.
China
Pessoas bem pobres tem direito. Saúde excludente. Não é universal. Trabalham muito em prevenção. Há médico da família.
EUA
Saúde para idoso, quem estiver na margem da linha de pobreza ou com doenças terminais. Não tem saúde pública. Tudo lá custa caro e você passa a vida pagando por serviço de saúde!
Haiti
Saúde pública precária. Altas taxas de doenças infecto-contagiosas devido a alta taxa de pobreza do país. Não tem saúde pública. Contam com médico sem fronteiras.
Bolívia
Saúde pública não estruturada. Médicos não querem implantar o SUS para não perder os pacientes. Existe sistema precário e em desenvolvimento. Super lotação. Saúde privada cara.
SUS é o único sistema do mundo que é público e universal. Atende a todos, desde quem esta passando a viagem, moradores, refugiados, enfim, é UNIVERSAL!
REFLEXÃO
Trabalhando na UBS tenho visto ainda mais como o SUS é necessário e funciona. Acredito que quando vai para o setor secundário e terciário gere algumas complicações em demora por conta da demanda. Tenho uma prima médica radiologista que esta atendendo em uma AME, e ela me relata que todos os pacientes chegam com muitos achados devido a gravidade do que é encontrado, da negligência deles, mas muitos por demora para conseguir realizar o exame. O SUS é lindo e espero que aos poucos consigamos "colocar ordem na casa" também nos setores secundários e terciários.



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