Sistema Esquelético
Estrutura e Funções dos Ossos: O sistema esquelético é composto por ossos, cartilagens, tendões e ligamentos, que desempenham funções como suporte, proteção de órgãos internos, assistência ao movimento, armazenamento mineral e produção de células sanguíneas.
Tipos de Ossos: Existem cinco tipos principais:
Longos: Ex. fêmur; são mais compridos que largos e ajudam no movimento.
Curtos: Ex. ossos do carpo; cuboides, suportam peso e estabilidade.
Planos: Ex. crânio, esterno; oferecem proteção e áreas para fixação muscular.
Irregulares: Ex. vértebras; formas complexas, adaptadas para múltiplas funções.
Sesamoides: Ex. patela; protegem tendões de desgaste.
Anatomia dos Ossos Longos: Possuem diáfise (corpo), epífises (extremidades), metáfises (entre diáfise e epífises) e cavidade medular, onde a medula óssea amarela está localizada.
Anatomia da Pelve
Características e Funções: A pelve é uma estrutura óssea que suporta o peso do corpo e protege órgãos pélvicos. Na mulher, a pelve é mais larga para facilitar o parto.
Tipos de Pelve: Podem ser classificados conforme sua forma, sendo o tipo ginecoide o mais comum nas mulheres e ideal para o parto vaginal. A pelve androide (típica dos homens) tem uma abertura mais estreita.
Músculos e Soalho Pélvico: O assoalho pélvico é composto por músculos importantes para o suporte dos órgãos pélvicos. A fraqueza dessa musculatura pode resultar em problemas como incontinência urinária. Exercícios de fortalecimento do períneo são recomendados durante o pré-natal para prevenir esses problemas.
Nervo Pudendo: Originado no plexo sacral, o nervo pudendo inerva a região pélvica e pode ser danificado durante o parto ou episiotomia, causando problemas como incontinência urinária e fecal.
Diabetes Mellitus e Hiperglicemia na Gestação
Definição: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é caracterizado por um aumento da glicose no sangue que se inicia ou é diagnosticado durante a gestação, geralmente entre as semanas 24 e 28.
Hormônios e Alterações Metabólicas: A resistência à insulina na gravidez é causada pelo aumento dos hormônios, como o hormônio lactogênico placentário (HPL), cortisol, e o hormônio do crescimento (GH), que levam a hiperglicemia. O HPL altera os receptores de insulina, dificultando a absorção de glicose pelas células.
Diagnóstico: O diagnóstico do DMG é feito por meio de testes laboratoriais, como glicemia de jejum, teste oral de tolerância à glicose (TOTG), e hemoglobina glicada (HbA1c). O valor da glicemia em jejum para diagnóstico é ≥ 92 mg/dL, e para o diagnóstico de diabetes melittus, é ≥ 126 mg/dL.
Complicações: A hiperglicemia durante a gestação aumenta o risco de complicações para a mãe e o bebê, incluindo pré-eclâmpsia, cesáreas, macrossomia fetal, hipoglicemia neonatal e dificuldades respiratórias para o recém-nascido.
Tratamento: A intervenção inicial é feita com controle nutricional e exercício. Caso não seja eficaz, inicia-se a terapia farmacológica, onde a insulina é o medicamento de primeira escolha, sendo a metformina uma alternativa em certas situações.
Exames Laboratoriais para Diabetes
Teste de Tolerância Oral à Glicose (TOTG): Mede a capacidade do organismo de processar glicose após ingestão de uma carga de 75g de glicose. Valores elevados indicam resistência à insulina.
Glicemia de Jejum: Avalia o nível de glicose no sangue após jejum de 8 horas. É um exame padrão para detecção de diabetes e pré-diabetes.
Hemoglobina Glicada (HbA1c): Reflete a média dos níveis de glicose nos últimos três meses e é utilizada para monitorar o controle glicêmico em pacientes com diabetes.
Considerações Clínicas Importantes
Fatores de Risco para Diabetes Gestacional: Idade avançada, histórico familiar, obesidade, ganho de peso excessivo na gravidez e condições pré-existentes como síndrome dos ovários policísticos são fatores de risco comuns para o DMG.
Efeitos do Diabetes Gestacional na Descendência: Filhos de mães com DMG têm maior risco de obesidade e diabetes no futuro, além de possíveis dificuldades metabólicas desde a infância.
AULA
LPh --> Hormônio que começa a subir e muda conformidade de receptor e insulina, ou seja, tem dificuldade de ter interação com a insulina. Se GLUT 4 não migra, não consegue fazer a captação, sendo que a glicose plasmática da gestante começa a aumentar.
Quando tem uma alimentação desregrada e exagerada pode entrar em um estado diabético, se não se alimenta de forma satisfatória criança não cresce.
Pico de Cortisol para sincronizar o ciclo circadiano, liberar glicogênio hepático e estimular a gliconeogênese. Cortisol que deveria sumir rápido na gestante dura muito tempo.
GH na gestante aumenta, sendo que, no ser humano comum ele reduz após os 40 anos, estimular lipólise (realiza a beta oxidação). GH relacionado a crescimento é o IGF que é o GH convertido no fígado.
Todos esses hormônios servem para gerar uma hiperglicemia.
Articulação entre o sacro e pelve é uma diartrose (sinovial do tipo plana).
Articulação na parte anterior é a sínfise púbica (fibrosa) A ação da relaxina faz relaxamento das articulações e de ligamentos.
Pelve masculina tem ilíacos mais fechados, mulheres tem os ilíacos mais abertos.
Superiormente tem o promontório sacral, vai passar pela linha arqueada e linha do pectíneo. Pelve falsa, superior, só tem órgãos abdominais. Pelve verdadeira onde tem a abertura da pelve e órgãos pélvicos.
Tipos de pelve são caracterizadas pelo comprimento das linhas de medição, transversa, anterior e obliqua. Pelve do homem geralmente é de coração.
Existem pelves protipeloide, androide,
Abaixo existe a musculatura do períneo (assoalho pélvico) --> Fecha a parte de baixo da pelve
Losango quando divido forma dois triângulos --> Trígono do assoalho pélvico --> Retal e Sacral
Episiotomia --> Pode lesar nervo pudendo, levando a incontinência urinária.
Mulheres multíparas tendem a ter maior fraqueza da musculatura do assoalho pélvico, podendo ter “bexiga caída”
Pré-natal se sugere fortalecimento do períneo
Anorgasmia --> Estudo da USP relata de 70% das mulheres não tem orgasmo por falta de movimentação pélvica.
Na gestação já ocorre um processo diabetogênico. Exames de glicose vão demonstrar como o corpo está captando a glicose e se está mantendo.
Pós prandial aumenta insulina, no jejum aumenta glucagon.
TTOG --> 75g de glicose --> Mede-se no momento da ingestão, 1 hora depois e 2 horas depois, quando esse valor tem que começar a normalizar. Se ficar alto está com resistência a insulina, fazendo com que o açúcar permaneça na circulação ao invés de ser “jogada” para dentro da célula.
HB glicada --> Relacionada a glicose ligada a vida daquela hemácia que é 90 dias, logo, você consegue ter uma glicemia média. Serve para saber se o paciente está fazendo a dieta de maneira correta. Acompanhamento de paciente diabético. Avalia a HBa1, logo, se tem traço falcemico não tem valor diagnósitico pois tem uma quantidade menor de HBa1. Tem que fazer frutosamina (da uma relação de 3 semanas) detecta glicose ligada a albumina. Acima de 6% já é considerada diabético. Se paciente estiver anêmico, não funciona muito bem a HBa1c.
Glicemia de jejum --> Serve para avaliar aquele momento pontual em que houve o jejum, mas não a longo prazo.
Glicogenólise vai fornecer fornecer a glicemia em longos períodos, se não for suficiente irá fazer a lipólise.
Bibliografia:
Netter, FH. Netter Atlas De Anatomia Humana. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021.
Kenhub - https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-do-assoalho-pelvico
Anotações de aula
Reflexão: Hoje a SP foi muito interessante por ser uma revisão sobre ossos da pelve e de MMII, algo que é muito tranquilo devido minhas formações prévias. Quanto a parte de DMG e DM foi bem tranquilo por já ter montado uma aula sobre o assunto junto com a Dra. Carina Dias para pós de G.O. Acredito que consegui trazer discussões relevantes a aula, como também me sair bem desta vez.
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