NCS - TBL - 10/04/23 - AULA 7
- thikow

- 10 de abr. de 2023
- 9 min de leitura
Atualizado: 21 de mai. de 2023
TBL – Placenta
Função da placenta
As principais funções da placenta são: (1) troca de produtos metabólicos e gasosos entre as correntes sanguíneas materna e fetal; e (2) produção de hormônios.
Troca de gases
A troca de gases – como oxigênio, dióxido de carbono e monóxido de carbono – é realizada por difusão simples. A termo, o feto extrai entre 20 e 30 mℓ de oxigênio por minuto da circulação materna, e mesmo uma interrupção breve do suprimento de oxigênio é fatal para o feto. O fluxo sanguíneo placentário é crítico para o fornecimento de oxigênio, já que a quantidade que chega ao feto depende principalmente da distribuição, e não da difusão.
Troca de nutrientes e eletrólitos
A troca de nutrientes e eletrólitos, como aminoácidos, ácidos graxos livres, carboidratos e vitaminas, é rápida e aumenta conforme a gravidez avança.
Transmissão de anticorpos maternos
A competência imunológica começa a se desenvolver no fim do primeiro trimestre, momento no qual o feto sintetiza todos os componentes do complemento. As imunoglobulinas consistem quase completamente em imunoglobulina G materna (IgG), que começa a ser transportada da mãe para o feto aproximadamente na décima quarta semana. Desse modo, o feto adquire imunidade passiva contra várias doenças infecciosas. Os recém-nascidos começam a produzir sua própria IgG, mas níveis adultos não são alcançados antes dos 3 anos de idade.
Produção hormonal
No fim do quarto mês, a placenta produz progesterona suficiente para manter a gravidez se o corpo lúteo for removido ou não conseguir funcionar adequadamente. Todos os hormônios são sintetizados no trofoblasto sincicial. Além da progesterona, a placenta produz quantidades crescentes de hormônios estrogênicos, predominantemente o estriol, até um pouco antes do fim da gravidez, quando se alcança o nível máximo. Esses altos níveis de estrógenos estimulam o crescimento uterino e o desenvolvimento das glândulas mamárias.
Durante os primeiros 2 meses de gravidez, o sinciciotrofoblasto também produz gonadotrofina coriônica humana (hCG), que mantém o corpo lúteo. Esse hormônio é excretado pela urina da mãe e, nos estágios iniciais da gestação, sua presença é utilizada como um indicador de gravidez. Outro hormônio produzido pela placenta é a somatomamotrofina (anteriormente chamado de lactogênio placentário). Trata-se de uma substância semelhante ao hormônio do crescimento que dá ao feto prioridade sobre a glicose sanguínea materna e torna a mãe diabetogênica até certo grau. Ele também promove o desenvolvimento mamário para a produção de leite.
MODIFICAÇÕES PLACENTÁRIAS NO FIM DA GESTAÇÃO
No fim da gravidez, várias alterações placentárias indicam redução nas trocas entre a circulação materna e a fetal, dentre as quais: (1) aumento de tecido fibroso no eixo da vilosidade; (2) espessamento das membranas basais nos capilares fetais; (3) alterações que obliteram os pequenos capilares das vilosidades; e (4) deposição de fibrinoide na superfície da vilosidade na zona juncional e na placa coriônica. A formação excessiva de fibrinoide frequentemente causa infarto nos espaços intervilosos ou, algumas vezes, em um cotilédone inteiro que, então, adota uma aparência esbranquiçada.
LÍQUIDO AMNIÓTICO
A cavidade amniótica é preenchida por um líquido claro e aquoso que é produzido em parte pelas células amnióticas, mas é derivado principalmente do sangue materno. O volume líquido aumenta de aproximadamente 30 mℓ em 10 semanas de gestação para 450 mℓ em 20 semanas, e de 800 para 1.000 mℓ em 37 semanas. Durante os meses iniciais da gravidez, o embrião fica suspenso pelo cordão umbilical no líquido, que funciona como amortecedor protetor. O líquido absorve solavancos, evita a adesão do embrião ao âmnio e possibilita os movimentos fetais. O volume de líquido amniótico é reposto a cada 3 horas. A partir do início do quinto mês, o feto engole seu próprio líquido amniótico e estima-se que ingira cerca de 400 mℓ/dia, quase metade do volume total. A urina fetal soma-se diariamente ao líquido amniótico no quinto mês, mas ela é composta principalmente por água, já que a placenta funciona como meio de troca para as escórias metabólicas. Durante o parto, a membrana amniocoriônica forma uma cunha hidrostática que ajuda a dilatar o canal cervical.
MEMBRANAS FETAIS EM GÊMEOS
A incidência de gestações múltiplas (p. ex., gêmeos, trigêmeos) aumentou substancialmente nos últimos anos e representa, atualmente, mais de 3% de todos os nascidos vivos nos EUA. A taxa de partos de gêmeos elevou-se para 32,6 a cada 1.000 nascimentos em 2008. Os motivos desse aumento são: a idade crescente das mulheres no momento do nascimento de seus filhos e o aumento de tratamentos de fertilidade, incluindo tecnologias de reprodução assistida (TRA).
Gêmeos dizigóticos
Aproximadamente 90% dos gêmeos são dizigóticos ou fraternos, e sua incidência aumenta com a idade materna (duplicando aos 35 anos) e com procedimentos de fertilização, incluindo TRA. Resultam da liberação simultânea de dois oócitos e da fertilização por espermatozoides diferentes. Como os dois zigotos têm constituições genéticas totalmente diferentes, os gêmeos não são mais parecidos que quaisquer outros irmãos ou irmãs e podem ter ou não sexos diferentes. Os zigotos implantam-se individualmente no útero e, em geral, cada um desenvolve sua própria placenta, âmnio e saco coriônico (Figura 8.18A). Entretanto, algumas vezes, as duas placentas estão tão próximas que se fusionam. De modo semelhante, as paredes dos sacos coriônicos também podem ficar em estreita aposição e se fusionar (Figura 8.18B). Ocasionalmente, gêmeos dizigóticos têm eritrócitos de tipos diferentes (mosaicismo eritrocitário), indicando que a fusão das duas placentas era tão intensa que houve troca de eritrócitos.
Gêmeos monozigóticos
O segundo tipo de gêmeos, que se desenvolvem de um único oócito fertilizado, são os gêmeos monozigóticos ou idênticos. A taxa de gêmeos monozigóticos é 3 ou 4 a cada 1.000. Eles resultam da separação do zigoto em vários estágios do desenvolvimento. Acredita-se que a separação mais inicial ocorra no estágio de duas células, caso em que se desenvolvem dois zigotos separados. Os blastocistos se implantam separadamente, e cada embrião tem sua própria placenta e saco coriônico (Figura 8.19A). Embora a disposição das membranas desses gêmeos lembre a dos gêmeos dizigóticos, os dois podem ser reconhecidos como pertencentes a um par monozigótico por sua grande semelhança em relação a tipo sanguíneo, impressões digitais, sexo, aparência externa, como cor dos olhos e dos cabelos.
A separação do zigoto geralmente ocorre no estágio de blastocisto inicial. A massa celular interna se divide em dois grupos separados de células dentro da mesma cavidade do blastocisto (Figura 8.19B). Os dois embriões têm uma placenta e uma cavidade coriônica comuns, mas têm cavidades amnióticas separadas (ver Figura 8.19B). Em casos raros, a separação ocorre no estágio de disco bilaminar, logo antes do aparecimento da linha primitiva (Figura 8.19C). Esse método de separação resulta na formação de um par com a mesma placenta e sacos amniótico e coriônico comuns. Embora os gêmeos tenham uma placenta em comum, o suprimento sanguíneo em geral é bem balanceado.
PARTURIÇÃO (PARTO)
Nas primeiras 34 a 38 semanas de gestação, o miométrio uterino não responde a sinais para a parturição (parto). Entretanto, durante as últimas 2 a 4 semanas de gestação, esse tecido sofre uma fase de transição de preparo para o início do trabalho de parto. Em última análise, essa fase termina com espessamento do miométrio na região superior do útero e relaxamento e afinamento da região inferior e do colo do útero.
O próprio parto é dividido em três estágios: (1) apagamento (diminuição e encurtamento) e dilatação do colo do útero (esse estágio termina quando o colo do útero está completamente dilatado); (2) período expulsivo do feto; e (3) expulsão da placenta e das membranas fetais. O estágio 1 é produzido pelas contrações uterinas, que forçam o saco amniótico contra o canal cervical como uma cunha. Se as membranas estiverem rompidas, a pressão é exercida pela parte do feto que estiver se apresentando, em geral a cabeça. O estágio 2 também é auxiliado pelas contrações uterinas, mas a força mais importante é fornecida pelo aumento da pressão intra-abdominal causado pela contração dos músculos abdominais. O estágio 3 requer as contrações uterinas e é auxiliado pelo aumento da pressão abdominal.
Conforme o útero se contrai, a parte superior se retrai, criando um lúmen cada vez mais estreito, enquanto a parte inferior se expande, produzindo, assim, direcionamento para a força. As contrações, em geral, começam com um intervalo de 10 minutos; então, durante a segunda fase do trabalho de parto, podem ocorrer com menos de 1 minuto de intervalo e durar entre 30 e 90 segundos. A ocorrência delas em pulsos é essencial para a sobrevivência fetal, já que têm força suficiente para comprometer o fluxo sanguíneo uteroplacentário para o feto.
4 semana gestação ate o nascimento
1 celulas – zigoto – clivagens
ZP- mórula
Nidacao = fixação no endométrio
Blastocisto – cavidade = blastocele ou cavidade blastocistica
Trofoblasto da origem a placenta
Questões:
1 - C
2 - B – sangue materno
3 - A - Componente endometrial responsável parte formação placenta – decídua basal
4 - C – membrana plaentaria
5 - D- Gonadotrofina carionica humana (HCG)
6 - A
7 - C
8 - C
9 - D
10 - B
Placenta
Orgao – tecidos Componente embrionário e materno
Blastocisto responsável pela nidacao e (inserção no endométrio)
Bilaminar – epiblasto e hipoblasto
Hipoblasto vai dar origem membrana extracerominca e mesoderma extra embrionária
Vilosidades= comunicação nutricionais, oxigênios – comunicação materno fetal
Endometrio gravídico = decídua
Espacos vilosos – espaços entre as vilosidades do sonciciotrofoblasto (entradas do citotroflobastro no sinsio)
Vilosidade primaria, secundaria e terciaria nos slides feedback do facilitador questão 2~
Não há comunicação entre sangue embrionari oe sabgue materno – existem trocas. So entra o q embrião permite e sai o que a mae permite.
Há doenças que penetram nessa barreira. Ex sífilis etc
Em quais espaços encontra sangue embrionário – nos tecidos vilosos – vilosidades coriônicas
4 - Estrutura separa sangue materno do fetal: membrana placentária = placenta
Endotelio – tecido que circunda os vasos
A barreira de proteção era maior e conforme a gestação avanca ela se torna mais fina. Final: sinsio e endotélio
Recente ate 20 semanas: 4 camadas (slide)
5 - Gonadotrofina carionica humana (HCG)
Sincicio principal responsável
Corpo luteo 3, 4 mês
Placenta começa ai então produzir progesterona
Tem metabolismo acontecendo
Imunoglobulina G = única q consegue atravessar o bloqueio placentário
Cavidade vilosidade secreta urina
6 - Veias que juntas drenam sangue para coração de 4 semanas
Veias que chegam no coração
a - Veias cardinais
b - Vitelinicas
c - Umbilical = levam sangue oxigenado (vem do cordão umbilical)
7 - Quinta a oitava semana o sistema passa por nova modificação. Agora, o sangue oxigenado da placenta chega a veia cava inferior através¿
Responsavel pela troca gasosa no feto=> da veia umbilical e ducto venoso
Por enquanto placenta e responsável e distribui para os órgãos que precisam mais
8 - Estrutura q permite passagem do sangue do átrio dir para esq durante circulação fetal é nomeada:
Forama oval
Pulmao ainda não esta funcional, não tem vasão=> vai para o átrio esq direto
Com primeiro choro enche ar e sangue nos pulmões ai funciona direio e passa tb para os ventrículos
9 - Antes do nascimento, a comunicação artéria pulmonar esquerda com a aorta é feita por qual estrutura:
Ducto arterioso
10 - Substância que regula a pressão sanguínea = Bradicinina
A veia cava é a maior veia do nosso corpo e é responsável por levar sangue das diversas partes do corpo até ao coração. É composta por duas partes: a veia cava superior e a veia cava inferior. Os diversos tecidos do corpo retiram oxigénio ao sangue. Assim, o sangue nestas veias tem pouco oxigénio.
Forame oval, também chamado forame de Botallo, é um orifício no septo entre os dois átrios cardíacos direito e esquerdo. Esse forame ocorre apenas na vida fetal e funciona como uma passagem do sangue vindo da veia umbilical, mais oxigenado, pelo átrio direito para o átrio esquerdo.
11 - Decidua basal
Nome dado ao endométrio que já esta recebendo embrião, funcional, gravidio
Dividi-se em 3 partes: basal, capsular e parietal
Diferenca – mais próxima e mais disponível para o embrião
Basal – relacionada diretamente com vilisidade – ambiente de trocas – vasos e glândulas entre embrião e tecido materno
Capsular – parte dorsal(costas) do embrião, sem vilosidade – (corioliso), proteção, englobamento do embrião
Parietal – resto do útero do endométrio uterino -não esta relacionado diretamente com embrião
Tudo é endométrio gravídico
Lagman Cap 13:
Sistema venoso
Na quinta semana, podem ser distinguidos três pares de grandes veias: (1) as veias vitelinas ou veias onfalomesentéricas, que levam sangue da vesícula vitelínica para o seio venoso; (2) as veias umbilicais, que se originam nas vilosidades coriônicas e levam sangue oxigenado para o embrião; e (3) as veias cardinais, que drenam o corpo do embrião propriamente dito.
Circulação fetal
Antes do nascimento, o sangue proveniente da placenta, com cerca de 80% de saturação de oxigênio, retorna para o feto pela veia umbilical.
Depois que o ducto arterioso se fecha pela contração muscular de sua parede, o volume de sangue que flui pelos vasos pulmonares aumenta rapidamente. Isso, por sua vez, aumenta a pressão no átrio esquerdo. Simultaneamente, a pressão no átrio direito diminui como resultado da interrupção do fluxo sanguíneo placentário. O septo primário é, então, aposto ao secundário, e o forame oval se fecha funcionalmente.
O fechamento do ducto arterioso (canal arterial) pela contração de sua parede muscular ocorre quase imediatamente após o nascimento; é mediado pela bradicinina, uma substância liberada pelos pulmões durante a insuflação inicial. Acredita-se que a obliteração anatômica completa pela proliferação da íntima leve entre 1 e 3 meses. No adulto, o ducto arterioso obliterado forma o ligamento arterioso.
SADLER, T W. Langman Embriologia Médica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737289. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737289/. Acesso em: 12 abr. 2023.
REFLEXÃO:
Hoje a aula foi bastante produtiva. É muito importante quando o conteúdo requisitado para estudo nos traz o conhecimento necessário e de fácil entendimento para aproveitarmos melhor a aula.



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