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NCS - TUTORIA - 22/05/23 - SP 3.3

  • Foto do escritor: thikow
    thikow
  • 22 de mai. de 2023
  • 8 min de leitura

SP 3.3 – Em busca da perfeição


Problemas


· Possível depressão associada a baixa autoestima

· Uso de suplementos sem indicação

· Uso de anabolizantes

· Parada de exercícios físicos

· Alteração da voz

· Icterícia

· Interrupção do ciclo menstrual



Hipóteses


· A baixa autoestima leva a atitudes desesperadas

· O uso de suplementos sem prescrição médica pode sobrecarregar nosso sistema

· Profissional de educação física não está autorizado a prescrever ou aplicar anabolizante em seus clientes

· O acesso ilegal aos anabolizantes pode prejudicar a saúde

· O uso de anabolizantes pode gerar aumento de massa muscular e alterações na voz

· O anabolizante interfere o eixo HHG inibindo o ciclo menstrual

· Anabolizante e suplemento causa lesão hepática podendo levar a Icterícia

· O uso de suplementos alimentares sem associação de exercícios físicos predispõe a formação e acúmulo de gordura



Questões


1- O que são proteínas e aminoácidos? Diga seus tipos e funções. Estrutura primara, secundária, terciária, quaternária. Quais são os aminoácidos essenciais e não essenciais e o que isso significa. O que significa dizer que um aminoácido é polar e apolar.


Aminoácidos são moléculas orgânicas que são constituídos de um carbono central com quatro ligantes, dos quais, um grupo carboxila, um grupo amino, um hidrogênio e o grupo R. Podem ser classificados de acordo com a polaridade de sua cadeia lateral (apolar, hidrofóbico – hidrocarbonetos e anéis benzênicos; polar, hidrofílico – sem carga, carga negativa e carga positiva). Ou por sua essencialidade, dos quais os essenciais são aqueles que precisamos adquirir pela dieta, pois nosso corpo não é capaz de sintetizar, já os não essenciais são aqueles que nosso corpo é capaz de sintetizar do zero.


Proteínas:

São macromoléculas ou polímeros formados por aminoácidos (em torno de 50). Compostas por: Carbono, oxigênio, nitrogênio e enxofre (nem todas possuem).


Estrutura das proteínas: estrutura determina a função da proteína

Estrutura primária - Proteína sem função - Proteína linear

Estrutura secundária - Proteína sem função - Proteínas dobradas (com pontes de hidrogênio) - alfa hélice - Folhas beta – Ex. queratina

Estrututura terciária - EX: albumina (encontrada na clara do ovo)

Estrutura quartenária - União de mais de uma estrutura terciária - Ex: hemoglobina


Funções da proteína:

- Transportadora EX: Albumina (hormônios, mantém a pressão osmótica dentro dos vasos); Hemoglobina

(transporte de gases O2 e CO2)

- Estrutural EX: Colágeno (ossos, dentes, queratina, cabelo)

- Hormonal EX: Insulina e Glucagon.

- Contrátil Ex: Actina e Miosina (contrair e descontrair)

- Protetora Ex: Anticorpos; Globulina (agem nos antigênos); Fibrinogenio (coagulação sanguinea)

- Catalizadora EX: Enzimas (acelera as reações nos nossos organismos)


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2- Descreva o processo de digestão e absorção de proteínas. Cite principais enzimas e o trajeto desde que ingerida até sua absorção, transformação e excreção.


A digestão de proteínas não ocorre na boca, mas ao longo do percurso passando pelo sítio principal de digestão das proteínas - estômago, através da enzima Pepsina, nas células acinares pancreáticas pelas enzimas tripsina, quimiotripsina, elastase e carboxipeptidades A e B, e nos enterócitos as enzimas responsáveis são as endopeptídades, aminopeptídades e dipeptídades. . Ambas as membranas apresentam o transporte passivo facilitado. A absorção de proteínas ocorre nos enterócitos, através das bordas em escova, ou seja, as microvilosidades absorvem os aminoácidos, dipeptídeos, tripeptídeos. Além disso, a absorção vai depender de alguns fatores, como o transporte ativo, utilizando a ATP Na/K; difusão facilitada ou ativa. Células parietais produzem HCL.



3- Como e onde acontece transcrição e a tradução (RNA não se transforma, você usa o DNA para produzir RNA e esse produzir proteínas).


Nos citoplasmas das células e envolve ainda RNA.

1. Tradução: A tradução é o processo pelo qual a sequência de nucleotídeos do RNA mensageiro é traduzida em uma sequência de aminoácidos para formar uma proteína. A tradução ocorre no citoplasma, especificamente nos ribossomos, e envolve as seguintes etapas:

a) Iniciação: O RNA mensageiro se liga ao ribossomo, que é composto por uma subunidade menor e uma subunidade maior. Uma molécula de RNA de transferência (tRNA), carregando o aminoácido correto, se liga ao códon de iniciação (geralmente AUG) presente no RNA mensageiro. A subunidade maior se junta à subunidade menor e a tradução é iniciada.

b) Alongamento: À medida que o ribossomo se move ao longo do RNA mensageiro, os tRNAs trazem os aminoácidos correspondentes aos codões presentes no RNA mensageiro. Os aminoácidos são ligados em uma cadeia polipeptídica em crescimento, formando ligações peptídicas.

c) Término: A tradução continua até que o ribossomo - complexo de golgi - RER- encontre um dos três códons de terminação (UAA, UAG, UGA) no RNA mensageiro. Nesse ponto, a cadeia polipeptídica é liberada do ribossomo e o processo de tradução é concluído.

Após a tradução, a proteína recém-sintetizada pode passar por modificações pós-traducionais para adquirir sua forma e função corretas antes de ser direcionada para o local apropriado na célula ou no organismo.

Em resumo, a transcrição ocorre no núcleo das células, enquanto a tradução acontece no citoplasma nos ribossomos.



4- Como eu metabolizo proteína para formar energia?


1.Digestão das proteínas: as proteínas ingeridas na dieta passam pelo trato gastrointestinal e são quebradas em aminoácidos por enzimas digestivas no estômago e no intestino delgado.

2. Transporte dos aminoácidos: após a digestão das proteínas, os aminoácidos são absorvidos pelo trato gastrointestinal e transportados pelo sangue até o fígado.

3. Desaminação: no fígado, os aminoácidos são desaminados, ou seja, o grupo amino é removido e convertido em ureia, que é excretada pelos rins. A desaminação ocorre por meio de enzimas específicas que catalisam a separação do grupo amino do restante da molécula de aminoácido.

4. Conversão dos aminoácidos em intermediários metabólicos: o restante da molécula de aminoácido que não foi desaminado é convertido em intermediários metabólicos que podem ser usados para gerar energia. Esses intermediários incluem o piruvato, que pode ser convertido em acetil-CoA para entrar no ciclo de Krebs e gerar energia por meio da fosforilação oxidativa, e o oxaloacetato, que pode ser convertido em glicose por meio da gliconeogênese.

5. Geração de energia: os intermediários metabólicos resultantes da metabolização de proteínas são usados para gerar energia por meio da fosforilação oxidativa. Durante esse processo, a energia é liberada quando o acetil-CoA e outros intermediários entram no ciclo de Krebs e são oxidados para produzir ATP.

6. Armazenamento de gordura: se a ingestão de proteínas for excessiva, os intermediários metabólicos produzidos pela metabolização de proteínas também podem ser convertidos em gordura e armazenados no tecido adiposo para uso posterior.



5- Descreva o Ciclo da ureia e fale sobre as enzimas ALT e AST – (TGO/TGP)


A síntese inicia-se na matriz mitocondrial, com a formação de carbamoil-fosfato a partir de bicarbonato e amônio, que consome duas moléculas de ATP. As reações subsequentes compõem o ciclo da uréia. O carbamoil-fosfato incorpora a amônia, ainda na mitocôndria, onde condensa-se com ornitina, originando citrulina; a citrulina é transportada para o citosol, onde reage com aspartato, formando arginino-succinato; este se decompõe em arginina e fumarato; a arginina é hidrolisada, produzindo uréia que será excretada como componentes da urina e regenerando ornitina, que retorna à mitocôndria.


ENZIMA ALT/TGP

A ALT tem por função *catalisar especificamente a transferência do grupo amina da alanina para o cetoglutarato, formando glutamato e piruvato*. A ALT tem localização citoplasmática, está presente em alta concentração no fígado e menor concentração do rim e músculos


ENZIMA AST/TGO

A AST tem por ação catalisar a transaminação reversível de aspartato e 2-cetoglutarato em oxalacetato e glutamato . Esta enzima também recebe a denominação de transaminase oxaloacética (TGO). Esta enzima está presente em muitos tecidos como duas isoformas, no citosol e na mitocôndria, sendo mais abundante no fígado, nos eritrócitos e nos músculos esquelético e cardíaco . Geralmente é utilizada para avaliar lesão muscular em conjunto com a creatina quinase e lactato desidrogenase, em grandes animais é usada também para investigar doenças hepáticas .



6- O que causa a icterícia e quais suas consequências?


A icterícia se caracteriza pela pele amarela, causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue.

A icterícia é um sintoma típico das doenças do fígado e das vias biliares, poderá ocorrer icterícia se o fígado não processar glóbulos vermelhos de modo eficiente.

Algumas causas comuns são a síndrome de Gilbert (uma síndrome benigna) ou efeitos colaterais de medicamentos.

Esse quadro pode ocasionar sequelas irreversíveis, como alterações na arcada dentária, retardo cognitivo, comprometimento motor e até mesmo paralisia cerebral.

Pré-hepática (hemolítica): o fígado excreta mais de 3000 mg de bilirrubina, a produção normal seria de aproximadamente 300 mg/dia.

Hepática (hepatocelular): lesão nos hepatócitos pode causar hiperbillurrubinemia não conjugada, devido a uma redução da conjugação.

Pós-prandial (obstrutiva): a icterícia não é causada por superprodução de bilirrubina ou por redução na conjugação, mas resulta da obstrução do ducto biliar comum.



7- Como a proteína se converte em gordura?


Certos aminoácidos podem ser convertidos em glicose após serem primeiramente convertidos em piruvato, que, depois, entra na via inversa à da glicólise (Tabela 3.2). Certos outros aminoácidos, porém, são convertidos em glicose somente após entrarem no ciclo de Krebs, no qual são convertidos em oxaloacetato. O oxaloacetato pode ser convertido em um intermediário glicolítico, o fosfoenolpiruvato, que, depois, participa da via inversa à da glicólise. Note, porém, que três aminoácido.s não podem ser convertidos em glicose (leucina, triptofano e isoleucina); eles podem ser convertidos em acetil-CoA, mas não existe uma via que permita a síntese de glicose a partir de acetil-CoA. A acetil-CoA pode ser convertida em oxaloacetato no ciclo de Krebs, mas, no processo, uma igual quantidade de oxaloacetato é consumida devido à natureza cíclica dessa série de reações. Consequentemente, a acetil-CoA não pode ser convertida em glicose. Ácidos graxos, que são gerados por decomposição de triglicerídeos, também não podem ser convertidos em glicose porque também são convertidos em acetil-CoA

Note, também, que as vias do glicerol para a glicólise e de ácidos graxos para acetil-CoA são mostradas como setas duplas na Figura 3.27, o que significa que é possível sintetizar gorduras a partir de outros nutrientes, pro cesso denominado lipogênese. Esse fenômeno explica por que as pessoas podem se tornar obesas por comer demasiadamente alimentos não lipídicos, como carboidratos ou proteínas (proteínas também podem produzir acetil-CoA).


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8- Como o uso de anabolizante e consumo de whey pode levar a disfunção hepática?


Causam uma sobrecarga hepática levando a elevação das aminotransferases (TGO/TGP), e até mesmo icterícia (elevação das bilirrubinas), a hepatotoxicidade pode variar conforme o tipo e forma de apresentação do anabolizante. Pode haver maior predisposição ao aparecimento de adenomas no fígado e colestase (cálculos biliares e obstrução nas vias biliares).

O uso abusivo desses EAA pode causar alterações no fígado, as quais estão mais relacionadas aos esteroides de administração oral. No sistema hepático, além de icterícia, a hepatotoxicidade gerada pelo uso dos Esteroides Androgênicos Anabolizantes estimula danos teciduais hepáticos que se refletem nas alterações nos valores séricos de algumas enzimas hepáticas como, aspartato aminotransferase (AST/TGO), alanina aminotransferase (ALT/TGP), Bilirrubinas (conjugada e não conjugada) e Gama Glutamil Transferase (GGT). Síndrome colestática aguda, tumores hepáticos, lesão vascular aguda, doença hepática gordurosa e “peliosis hepatis” - uma forma rara de hepatite em que há formação de cistos repletos de sangue no fígado são possíveis alterações hepáticas decorrentes do uso abusivo dos EAA descritas na literatura (FREITAS et al., 2019; OVIEDO, 2020). Em relação aos análogos da testosterona e suas ações, é documentado quea Oxandrolona ao diminuir a perda proteica e aumentar o anabolismo, quando usada em doses elevadas, pode gerar uma maior toxicidade ao fígado. O Winstrol (estanozolol) induz a atividade da telomerase nos hepatócitos, podendo gerar colestase grave e a nefropatia por bile. Já o Enantato de testosterona causa alterações nos valores séricos de enzimas hepáticas (FREITAS et al., 2019). Desse modo, é evidente que a reposição hormonal quando realizada por profissionais sérios e diante da iminente necessidade do paciente, é benéfica. Entretanto, a elevação dos parâmetros cardíacos e hepáticos acima dos valores máximos de referência, age como um alerta aos usuários dos Esteroides Androgênicos Anabolizantes, já que tais alterações podem estar relacionadas a sérios problemas hepáticos e cardiovasculares (FREITAS et al., 2019).



*Respostas da aula



REFLEXÃO: Hoje não estava muito bem na aula por conta de uma pequena inflamação pulmonar. Estava um pouco devagar e gostaria de ter participado melhor e feito maiores anotações. Tentarei compensar na próxima e ultima tutoria do semestre.

PS. Querendo continuar com o mesmo tutor!!! =)






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©2023 por Thiago R. E. Sampaio.

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