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HMEC - Exame ótico, ortopédico e neurológico - 28/02/25

  • Foto do escritor: thikow
    thikow
  • 28 de fev.
  • 9 min de leitura

Atualizado: 31 de mar.


Exame ótico

 

Pálpebra superior

 

Envelhecimento pode diminuir campo visual por conta da perda do colágeno e elastina e perda de elasticidade

 

Odéolo (terçol) -> Inflamação de uma glândula -> Precisa fazer calor para abrir a glândula que inflama e fecha

 

Lente do olho fica no humor aquoso. A opacidade da lente, que acontece com o tempo, chama-se catarata. Vê figura, mas não vê a definição. Facectomia “come” a lente e substitui por uma lente artificial.


Catarata leva a cegueira.

 

Na pupila tem os músculos radiais e circulares que são músculos que vão fazer a retração ou abertura da pupila.

 

Cavidade posterior tem o humor vítreo que faz um peso atrás para manter a retina (que é vermelha pois tem várias terminações nervosas)

 

Fóvea -> Onde tem o maior número de receptores (pontinho preto no fundo de olho)

Tecido coroide de vasos irrigados importantes (o gato não tem coroide, por isso o olho é brilhante).

 

Neoptometria vê glaucoma em ângulo aberto?

 

Olho tem função importante na propriocepção

 

20/20 visão perfeita (última linha)

 

20/40 quando a visão não é perfeita

 

Lagoftalmia (pálpebra inferior fica com um espaçamento aumentado como se fosse um pequeno lago), logo o olho fico mais seco e sujeito a traumas.

 

 

Ortopedia

 

Inspeção -> Olhar alinhamentos, alterações inflamatórias

Palpação -> Sentir óssos, articulções e músculos. Observar tonus aumentado, tensão, aderências e outros.

 

Primeiro vemos marcha, alinhamentos, inflamações, testamos mobilidade de mmii, mmss, coluna e pelve

 

Depois avaliamos exame neurológico, que seria de sensibilidade, reflexo e força muscular.

Seguir uma sequência lógica para o paciente não ficar tendo que mudar de posição toda hora. Paciente precisa estar despido.

 

Paciente sentado e ver mmss, precisa inspecionar (coloração, aderências, alterações em unhas, musculatura, retrações, edemas) e comparar bilateralmente.

 

Fazer todos os movimentos de todas as articulações.

 

Após deitar o paciente iremos avaliar quadril (articulação coxofemoral)

Examinar ossos do quadril e movimentos do quadril.

 

Teste de Patrick Fabere -> Flexão, abdução e rotação externa do quadril

 

Teste de lasègue -> elevação da perna em decúbito dorsal

 

Teste da pétala -> patela quando edemaciada faz o sinal de rechaço

 

Medida da perna crista ilíaca e maléolo medial

 

Hálux -> podraga (gota, ácido úrico)

 


Ortopedia avalia marcha visto movimentação biodinâmica (avaliar momento monopodal e bipoladal)


Andar nas pontas dos pés (L4), andar no calcanhar (S1)

 

Palpar todos os processos espinhosos e musculatura

 

Olhar se tem escoliose (teste de Adam)

 

Teste de Schober -> Traça L4 e 5 cm pra baixo, 10 para cima. Flexão do tronco pra frente Ganho maior que 6 cm normal, ganho menor que 4 cm suspeita de espondilite anquilosante.

 

Marchas -> Anserina, Ébria, Escarvante e outras


Roteiro Neuro


Neurologia


Exame Neurológico

·      Coluna

·      Marcha

·      Motricidade

·      Tônus muscular

·      Coordenação

·      Sensibilidade

·      Reflexos

·      Força muscular

·      Nível de consciência (Glasgow ou FOUR)

·      Mini exame de estado mental

 

Pescoço e coluna cervical

 

·      Checar movimentação e limitação de movimentos

·      Rigidez em nuca?

·      Prova de Brudzinski (flexão de cervical – Rigidez = provável irritação meníngea ou meningite) – Pode ser realizado junto ao sinal de Kernig.

 

Coluna Lombosacra

 

·      Checar movimentos e limitações

·      Lasègue (limitação e dor por estiramento do nervo ciático) – Positivo em HD, Estenose de canal, cistos facetários ou inflamação de piriforme (síndrome do piriforme)  Fazer pelo menos 30 graus.

·      Kernig – Com perna fletida limitação do movimento e estiramento de raiz, o paciente faz flexão involuntária de cervical

 

Marcha

 

·      Disbasia – Disturbio da marcha

1.     Ceifante, hemiplégica ou hemiparética: Um dos membros inferiores é arrastado, com o braço do mesmo lado em flexão. O pé faz um movimento em "semicírculo" ao andar (circundução). Causa: AVC, liberação piramidal, tronco encefálico.

2.     Parkinsoniana: Apresenta rigidez, caminha com dificuldade, passos curtos, arrastados, postura inclinada para frente, pouca movimentação dos braços, início e parada dificultados. Causa: Doença de Parkinson.

3.     Cerebelar, Ébria ou atáxica: Passos descoordenados e desequilibrados, base alargada, como se estivesse bêbado. Não consegue se equilibrar direito. Causa: Ataxia cerebelar (tumores, AVC, esclerose múltipla, álcool).

4.     Escarvante: O paciente levanta exageradamente o joelho e pés para não arrastar o pé caído. Causa: Lesão do nervo fibular profundo ou comum, neuropatia periférica (DM, Hanseníase) ou radiculopatia L4/L5 ou condições que afetem a dorsiflexão.

5.     Anserina: Alarga a base, projeta a lordose para uma hiperextensão, balanço lateral do quadril (marcha do pato). Causa: Gravidas, fraqueza dos músculos glúteos (distrofias musculares, miopatias, displasia do quadril).

6.     Dispráxica, Apráxica ou magnérica: Dificuldade de iniciar o movimento;

os pés parecem colados ao chão. Base de suporte diminuída, mebros rígidos, mobilidade reduzida. Causas: Hidrocefalia de pressão normal (Sd. De Hakin Adams) e lesões de lobo frontal.

7.     Marcha paraparética, em tesoura ou espástica: Adução exagerada de quadris, marcha cruzada, passo curto, instável, flexão de joelhos. Anda cruzando as pernas. Causas: Paraparesia espástica, crianças com diparesia adquirida ou congênita.

8.     Marcha claudicante: O paciente manca ou evita pisar totalmente com o pé de um dos lados. Causa: Dor (claudicação intermitente, artrite, fraturas, lesões ortopédicas).


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Motricidade Voluntária


·      Espontânea: Pede e faz

·      Força muscular: Faz movimento

·      Coordenação:

 

Motricidade involuntária

 

Realização de movimentos sem que a pessoa tenha controle. Podem ser normais, como os batimentos cardíacos e os movimentos do intestino, ou podem ser anormais e prejudiciais:

·      Distonia - Movimentos involuntários que alteram a postura, causam dor e dificultam a mobilidade. Pode ser genética ou consequência de outras doenças. 

·      Coreia -  Movimentos involuntários e descontrolados que podem afetar várias partes do corpo. 

·      Tremor essencial - Oscilação rítmica das mãos que predomina durante a ação. 

·      Hemibalismo - Movimento unilateral rápido não rítmico, descontroladamente arremessador do membro superior e/ou perna proximal. 

 

Causas:

·      Lesão nas áreas do cérebro (gânglios basais) que controlam a coordenação motora

  • Doenças como a doença de Parkinson e a coreia de Huntington

  • Uso continuado de medicações

 


Tônus Muscular:

 

Hipotonia → Achatado sob a maca (músculo)

 

Palpação:

 

Lesão central → Tônus fica aumentado (agudo pode diminuir, mas logo fica aumentado)

 

Lesão periférica → Placa motora, hipotonia (tônus diminuído)

Hipertonia → Espasticidade

 

à      Piramidal (Tumor, AVC, EM, Meningite, Trauma, Cerebelar)

 

Rigidez eletiva: Extensores de MMII / Flexores de MMSS – Postura de Wernicke

 

·       Elástica → Estende o braço, quando solta ele volta

 

Þ   Clônus / Hiperreflexia / Babinski / Lentidão de movimentos alternados rápidos

Þ   Alteração na motricidade voluntária

 

 

à      Extra-Piramidal (Parkinson, Distonia, Discinesia, Encefalopatias, Doença de Wilson)

 

Rigidez não é eletiva

 

·       Plástica → Estende fica, flexiona fica, porém movimento ocorre “em roda denteada”, ou seja, movimento é feito com resistência e em partes.

 

Þ   Sinal da roda denteada

Þ   Inquietação / Movimentos involuntários no rosto / Alteração de voz (disfonia) / Dificuldade de engolir (disfagia) / Alterações no padrão do sono e concentração / Movimentos lentificados ou arrastados / Distúrbio na marcha com tendencia a queda.

 

 

Coordenação:  

 

Cerebelo + Propriocepção

 

Faz-se o prova do INDEX (indicador nariz), onde se pede para o paciente encostar o indicador no nariz de olhos abertos e fechados

 

·       Olhos fechados → Erra o nariz, mas de olhos abertos não  PROPRIOCEPTIVO

·       Erra sempre → CEREBELAR

Outro teste é o do calcanhar joelho

 

Pede-se para o paciente trazer o calcanhar até o joelho contralateral e descer até o calcanhar

 

 

Diadococinesia

 

Movimento de supinação e pronação de mão rápido para ver se o paciente consegue fazer.

 

Normal → Eudiadococinesia

Alterado → Disdiadococinesia

Não consegue → Adiadococinesia


Sensibilidade:


Testa sensibilidade tátil e dolorosa de uma região inervada por uma raiz específica:


Objetiva e subjetiva

 

Objetiva → Geral e especial

 

Þ  Geral → Profunda e Superficial

§  Profunda → Vibratória, pressão, dolorosa

§  Superficial → Térmica, tátil, dolorosa

 

Profunda:

 

Mexe o dedo para cima e para baixo várias vezes e no final deixa de uma forma perguntando se ele está para cima ou para baixo

 

o   Vibratória → Proeminências ósseas

o   Estegnosia → pede para reconhecer objeto conhecido, sem enxergar

o   Grafistesia → “Riscar” formas simples, fáceis e conhecidos na mão do paciente e pedir para reconhecer (infinito, círculo, triângulo, quadrado, 8, 0...) 

 

Superficial:

 

Com toque de algodão ou dedo, olhos fechados e comparando bilateralmente. Ver dermátomos também

 

o   Dolorosa → Com agulha estimulando levemente

o   Térmica → Com dois frascos quente e frio, testando sensação térmica

o   Toque → Algodão ou dedos

 

Þ   Especial → Olfação, visão, gustação, audição

 

Subjetiva

 

O que o paciente está trazendo Parestesia, formigamento, dormência

 


Sensibilidade Tátil:


Anestesia → não sente

Hipoestesia → sente diminuído

Hiperestesia ou alodínea → sente aumentado


Sensibilidade dolorosa:

 

Analgesia → Não sente dor

Hipoalgesia → Diminuição da dor

Hiperalgesia → Sente mais dor do que é


Região Cervical:

·      C4 – Região de articulação acrômioclavicular

·      C5 – Fossa antecubital lateral

·      C6 – Região de polegar e indicador

·      C7 – Região de dedo médio

·      C8 – Região de dedo mínimo


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Região Lombar:

·      L2 – Região medial da coxa

·      L3 – Região medial de joelho

·      L4 – Região medial da perna

·      L5 – Dorso do pé

·      S1 – Planta do pé


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Reflexos:

 

Testa reflexos das respectivas raízes nervosas

 

Medida de 0 a 4 ou 0 a +++ sendo:

 

0 – Reflexo ausente

- ou 1 – Reflexo menor que o normal / Traço / Hiporreflexia

+ ou 2 – Reflexo normal

++ ou 3 – Exaltado / Hiperreflexia

+++ ou 4 – Exaltado com clônus

 

Reflexos Profundos:

 

·       Reflexo do bíceps: Avalia as raízes nervosas C5-C6 – M. Bíceps Braquial –  Suprimento Nervoso: Musculocutâneo

·       Reflexo braquiorradial: Avalia as raízes nervosas de C6 – M. Braquiorradial – Suprimento Nervoso: Radial

·       Reflexo do tríceps: Avalia as raízes nervosas C7 – M. Tríceps – Suprimento Nervoso: Radial

·       Reflexo estilóide: Avalia as raízes nervosas C8 –

·       Reflexo patelar: Avalia as raízes nervosas L4 – M. Quadriceps – Suprimento Nervoso: Femoral

·       Reflexo aquileu: Avalia as raízes nervosas S1 – M. Sóleo e Gastrocnêmio – Suprimento Nervoso: Tibial

 

 

Clônus:

 

0 → Sem reação

1 → > 3 seg

2 → 3 a 10 seg

3 → > 10 seg

 

Reflexos patológicos:

 

·       Reflexo Triciptal invertido → Lesão das raízes C7 ou C8 ipsilaterais

·       Reflexo Biciptal com área aumentada → Síndrome Piramidal

·       Reflexo Patelar com arreflexia → Sinal de Westphal → Neuropatia periférica / Lesão em raiz de L2-L4 / Doença de neurônio motor inferior (ELA, Polio) / Miopatias

·       Reflexo Aquileu Demorado → Sinal de Wolmann → Hipotireoidismo

·       Hoffmann → Sinal da falange → Hiperreflexia sugere lesão piramidal contralateral / medular cervical ipsilateral / Lesão de neurônio motor superior (vias corticoespinais cervicais) → Mielopatia cervical (estenose) / EM / ELA / Tumores medulares / Trauma raquimedular / Doenças dismielinizantes

·       Reflexo patelar abolido com sinal de Babinski presente → provável lesão mista (central e periférica).

·       Reflexo patelar abolido isoladamente → pensar em lesão do neurônio motor inferior ou neuropatia localizada



Reflexos Exteroceptivos:

·       Cutâneo Plantar → Usa ponta romba e passa do calcanhar aos dedos dos pés

Þ   Flexão → Normal

Þ   Extensão → Sinal de Babinski → Liberação piramidal ou corticoespinal

 

·       Cutâneo Abdominal → “Arranhar” abdômen em direção ao umbigo e observar o desvio da cicatriz umbilical

Þ   Desvio da cicatriz umbilical → Normal

Þ   Ausência → Alteração do arco reflexo ou piramidal


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Patológicos:

·       Babinski positivo → Sinal clássico de lesão do trato corticoespinal ou liberação piramidal (ex: AVC, esclerose múltipla, trauma medular)

·       Ausência do cutâneo abdominal ou anal → Pode indicar lesão medular em nível torácico ou sacral

·       Cremastérico ausente → Pode indicar lesão em L1-L2 ou reflexo medular abolido (ex: trauma, mielite)

 


Força Muscular

 

Testa força muscular das raízes nervosas

 

Medida de 0 a 5, sendo:

 

0 – Sem indício de contração muscular

1 – Com indício de contração, porém sem movimento

2 – Movimenta, mas não vence a gravidade ou ADM incompleta contra a gravidade

3 – Contração com movimento contra a gravidade e ADM completa

4 – Contração com movimento vencendo a resistência moderada e ADM completa

5 – Normal, vence grande resistência e ADM completa 

 

Cervical:

C1 - C2 – Extensão e Flexão cervical

C2 – Rotação cervical

C3 - C4 – Lateralização cervical

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Cervical:

C5 – Abdução do ombro

C6 – Bíceps / Extensão do punho

C7 – Tríceps / Flexão do punho

C8 – Flexão dos dedos

T1 – Abdução dos dedos

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Lombar:

L2 – Flexão de quadril

L3 – Extensão de perna

L4 – Dorsiflexão do pé

L5 – Elevação do 1º Metacarpo

S1 – Plantiflexão do pé

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Nível de consciência

 

Glasgow

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Interpretação

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·       Glasgow ≤ 8 = intubação orotraqueal é indicada

·       Sempre anotar a pontuação de cada item separadamente, ex: ECG 12 = O3 V4 M5

·       A ECG pode ser influenciada por sedação, intoxicações, afasia, intubação, trauma ocular

 

GCS-P (Glasgow Coma Scale – Pupils)

Combina a pontuação tradicional da Escala de Coma de Glasgow (GCS) com a reação pupilar à luz, o que fornece um prognóstico mais preciso, especialmente em pacientes com TCE grave. Basta subtrair o resultado encontrado pela escala de Glasgow habitual pelo resultado da avaliação pupilar, assim o resultado poderá ir de 1 a 15.


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MEEM – Mini exame de estado mental

MEEM (Mini Exame do Estado Mental), também conhecido como Mini-Mental State Examination (MMSE), é um instrumento clínico breve usado para avaliar funções cognitivas de forma padronizada.

É muito utilizado em triagens de déficit cognitivo, especialmente em suspeitas de demênciadelirium ou comprometimento cognitivo leve.


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Desenho do pentágono
Desenho do pentágono

Exemplo de desenhos e as respectivas disfunções
Exemplo de desenhos e as respectivas disfunções


Reflexão: Que aula foi essa hoje? Meu deus.... Relembrei muitas coisas da “minha época” em ortop  e neuro e realmente, o que não se utiliza, se perde. No geral a aula teve bastante conteúdo, porém foi muito proveitosa. Aprendemos bastante, mas agora é voltar pra casa e estudar e reestudar tudo várias e várias vezes.

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